Isso aí encima lhe faz parecer algo que tem visto pelo Brasil?
“Cada dia traz a sua própria gafe, sua polêmica, a eclosão de um escândalo e seu próprio golpe brilhante. Mal se está comentando um evento, e esse já é eclipsado por um outro, numa espiral infinita que catalisa a atenção e satura a cena midiática.”
Esse é o mundo do Donald Trump, Boris Johnson e Bolsonaro. A afirmação é feita pelo francês Giuliano da Empoli que dirige um grupo de pesquisa em Milão, Itália e é autor do livro “Os engenheiros do caos: como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições".
Para Giuliano, por trás dessas manifestações está o trabalho de ideólogos e, cada vez mais cientistas do Big Data, sem os quais esses líderes nunca teriam chegado ao poder”.
É um trabalho em que os algoritmos dos “engenheiros do caos” são programados para “reinventar uma propaganda adaptada à era dos selfies e das redes sociais, e como consequência, transformar a própria natureza do jogo democrático”.
É um trabalho em que os algoritmos dos “engenheiros do caos” são programados para “reinventar uma propaganda adaptada à era dos selfies e das redes sociais, e como consequência, transformar a própria natureza do jogo democrático”.
Os algoritmos são usados para oferecer ao usuário qualquer conteúdo capaz de atrai-lo à plataforma. O objetivo é atrair pessoas e mantê-las unidas através de paixões e assim ir agrupando as mesmas em grupos e subgrupos.
Aí entra o escárnio como ferramenta que mobiliza muitos, quase todos. Assim, o absurdo se torna uma ferramenta, mais eficaz que a verdade, escreveu um blogueiro de grupo de direita americana citado por Empoli.
“Qualquer um pode crer na verdade, enquanto acreditar no absurdo é uma real demonstração de lealdade – que possui um uniforme e um exército”.
Aos olhos dessa turma, “o progressista é um pedante com o dedo mindinho empinado” (vide as falas da Regina Duarte).
Este pequeno livro do Giuliano Empoli ajuda a descortinar questões que estão ao nosso redor e na nossa política. Torna mais claro aquilo que parece estranho na cena política atual do Brasil. Conhecer essas questões são tão ou mais importantes do que tentar combate-las sem conhecer o contexto em que se instalaram.
A raiva ao vizinho, ao parente, ao colega de trabalho que foram atraídos pelos “engenheiros do caos” não resolve e não oferece resistência a este movimento de consequências e intensidades preocupantes. Evidente que nem todos são vítimas dos engenheiros do caos.
Alguns são seus auxiliares e resultados de suas conquistas. Porém, precisamos conhecer melhor esse estranho processo que é oriundo da ampliação exponencial das redes informacionais.
Enfim, uma leitura que aclara e leva à reflexão sobre os meios para enfrentamento de uma realidade que atrai e engalfinha em lutas fratricidas quem não percebe.
Aí entra o escárnio como ferramenta que mobiliza muitos, quase todos. Assim, o absurdo se torna uma ferramenta, mais eficaz que a verdade, escreveu um blogueiro de grupo de direita americana citado por Empoli.
“Qualquer um pode crer na verdade, enquanto acreditar no absurdo é uma real demonstração de lealdade – que possui um uniforme e um exército”.
Aos olhos dessa turma, “o progressista é um pedante com o dedo mindinho empinado” (vide as falas da Regina Duarte).
Este pequeno livro do Giuliano Empoli ajuda a descortinar questões que estão ao nosso redor e na nossa política. Torna mais claro aquilo que parece estranho na cena política atual do Brasil. Conhecer essas questões são tão ou mais importantes do que tentar combate-las sem conhecer o contexto em que se instalaram.
A raiva ao vizinho, ao parente, ao colega de trabalho que foram atraídos pelos “engenheiros do caos” não resolve e não oferece resistência a este movimento de consequências e intensidades preocupantes. Evidente que nem todos são vítimas dos engenheiros do caos.
Alguns são seus auxiliares e resultados de suas conquistas. Porém, precisamos conhecer melhor esse estranho processo que é oriundo da ampliação exponencial das redes informacionais.
Enfim, uma leitura que aclara e leva à reflexão sobre os meios para enfrentamento de uma realidade que atrai e engalfinha em lutas fratricidas quem não percebe.
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