terça-feira, dezembro 29, 2020

Partido Militar da Boquinha (PMB) caminha para a malvinização!

São mais de 7 mil militares da ativa e da reserva além de parentes diretos nas boquinhas palacianas e ministeriais.
 
Os ressentidos de 64 nutrem uma ideia-argumento-falsa-paradoxal do “higienismo da política” que vem acompanhando de uma saudade e de um desejo do poder para si e os seus.
 
Uma contradição porque alega defender a pátria, enquanto entrega a soberania da nação. Usa a retórica do combate a corrupção para se aliar às milícias (desde o abraço na intervenção no ERJ) e ao alto poder econômico de forma despudorada, comandada pelos generais haitianos. Bolsonaro foi apenas instrumento de ocasião para esses ressentidos entreguistas voltarem ao poder com projeto de longo prazo com ou sem o capitão.
 
O Partido Militar da Boquinha (PMB) renasceu desde a experiência das missões da ONU no Haiti se vertebrou nos estados através da rede de segurança do comando das polícias e das milícias.
 
O PMB faz uso político das FA para desmontar outras instituições com o uso do argumento do velho “inimigo interno”.

Na vida há limites para tudo. A malvinização é o maior dos riscos das FA que politizada aquiescem diante da estruturação do PMB. 

O país vive um caos sanitário-econômico que se soma ao diário sarcasmo fúnebre que sai da cloaca do capitão, como um período JK às avessas e retroage dez anos a cada ano de desgoverno.
 
O sol e a nação renascerão após este inverno fúnebre que a tudo desmonta e nada entrega à população. Fora!


PS.: O substantivo "malvinização" tem origem no rechaço dos argentinos aos seus generais que partiram para uma guerra (justa, mas sem chances) com a Inglaterra para obter apoio interno para uma ditadura militar já desacreditada. Os militares das FA argentinas ficaram anos sem poder andar de uniforme nas ruas por conta dos questionamentos da população contra essa aventura que também visava segurar o tal inimigo interno. A Inglaterra de Thatcher também tinha interesses internos na disputa com a Argentina, mas os militares argentinos que ficaram com essa pecha que hoje pode assombrar os militares brasileiros.

quarta-feira, dezembro 23, 2020

O neofeudalismo imunizante da indústria farmacêutica que salva e mata de forma alternada e/ou simultânea

A indústria farmacêutica talvez seja, o caso mais singular para ser observado por quem investiga os movimentos do capital nos dias atuais.

Mais bizarro ainda é o "case" da pesquisa e produção das vacinas para imunização da Covid-19, aquela que nos salva, embora suas proprietárias nos aniquile, aliás como já acontece com os remédios do cotidiano.

A ansiedade - criticada pelo general-idiota-ministro - para alcançar a salvação (imunização) não impede de enxergar o "modus operandi" das farmacêuticas a nível global, que só viabilizaram os imunizantes por conta dos colossais aportes de recursos dos Estados nestes nove meses de pesquisas. Porem, as farmacêuticas sabem garantir para si os lucros privados e o prestígio da salvação de nossos corpos, quase como se fossem igrejas que prometem a salvação eterna das almas, ao mesmo tempo que suas ações (bolsa de valores) alcançam os céus.

Diante deste quadro, não há como não imaginar essa fase contemporânea, como uma espécie de período "neofeudalismo imunizante", quando nós os servos, agradecemos aos nossos senhores por nos ajudarem a sobreviver, para assim ampliar ainda mais os seus poderes e a nossa dependência. No feudalismo original o servo também agradecia ao senhor pela sua existência e sobrevivência.

Assim, que chegue a vacina, porque ao cabo, a dialética e as contradições nos matam e também nos salvam, assim como o vírus, os venenos e os remédios, sempre em doses permanentes, crescentes e alternadas.

sexta-feira, dezembro 18, 2020

A dominação tecnológica e a geopolítica cibernética na Era Digital

Mais um bate-papo com o Attuch na TV 247. O assunto de hoje foi o poder das Big Techs e a velocidade espantosa das mudanças, a partir da Era Digital, que fizeram emergir as maiores corporações e oligopólios da história do capitalismo. A união da dominação tecnológica com a hegemonia financeira nos remete ao capitalismo autofágico, às relações de poder e a Geopolítica Cibernética do presente.

segunda-feira, dezembro 14, 2020

Monopólio do Facebook nas redes sociais é parte da matrix distópica do capitalismo atual

Um pouco mais sobre o Facebook, o gigantismo das Big Techs e sobre a dominação que exercem sobre os demais setores do modo de produção capitalista. Estamos ainda no início da era digital, a matrix distópica, que é fruto da união entre a hegemonia financeira e a dominação tecnológica no capitalismo autofágico do presente.

O Facebook comprou o WhatsApp em 2014 por US$ 16 bilhões e foi considerado um exagero quando o aplicativo de mensagens possuía centenas de milhões de usuários. Hoje esse número de usuários, já está em torno de 2,5 bilhões de pessoas, 1/3 da população mundial.

O Instagram foi uma compra anterior, em 2012, quando o Facebook pagou a bagatela de US$ 1 bilhão por cerca de três dezenas de milhões de fotógrafos amadores que queriam um espaço virtual para as suas fotos.

Hoje, o conglomerado do Facebook envolve muitas outras empresas para além da principal, mais Instagram e WhatsAPP (Messenger, Oculus, LivRail, PrivateCore, CTRL-Labs, Onavo, Little Eye, ShareGrove, Scape, etc.) que eleva o seu valor de mercado a algo próximo de US$ 1 trilhão.

A compra de todas essas empresas e startups confirmam a busca por um monopólio e pela maior das contradições do capitalismo sobre a concorrência. As outras gigantes do setor de tecnologia (Google, Apple, Amazon e Microsoft) fazem o mesmo, cada uma em seus segmentos, mesmo que finjam competir em setores em que todas elas atuam, mas não disputam, apenas enganam os reguladores que assim, obtêm argumentos para manter os trustes, como se não fossem.

E não se esqueçam, o FB está envolvido em todas as eleições e manipulações eleitorais desde a década passada, embora, só recentemente seja vista como uma das gigantes desta dominação econômico-tecnológico-política.

sábado, dezembro 12, 2020

O modus operandi das petroleiras que assumem no lugar da Petrobras

Vale registrar nesse espaço (ao lado) um pouco do modus operandi das petroleiras privadas internacionais no plano global. A fonte é o Boletim Petróleo, gás e geopolítica de Sérgio Gabrielli.

Boletim Anotações Petróleo, gás e geopolítica,
de José Sérgio Gabrielle, nº 38, p.2
É para essas petroleiras (IOCs - Corporações Internacionais de Óleo) que os diretores entreguistas da Petrobras e ANP estão repassando as nossas empresas e riquezas do setor petróleo, com o argumento de reduzir a corrupção, como se sonegação fosse virtude. O volume de sonegação das IOC nos paraísos fiscais é uma aberração. Duplo crime de lesa-pátria.

Depois ainda têm coragem de falar de compliance e engenharia tributária. A criatividade na busca de palavras-chave é proporcional às intenções do lucro privado.

Os processos e as estratégias que perpassam o circuito econômico global do petróleo onde atual as grandes corporações petroleiras e para-petroleiras precisam ser mais profundamente investigados. 

É uma cadeia produtiva ampla, densa vinculada diretamente à financeirização (em especial os fundos hedge) e que envolve ainda o mercado de capitais e as articulações com o poder político e o Estado. 

Tudo isso compõe a geoeconomia, a geopolítica e as relações de poder muito para além da dimensão econômica e ajuda a explicar o capitalismo contemporâneo e a potência deste setor sobre os Estados-nações.