segunda-feira, março 14, 2022

Live sobre "Financeirização, Fundos de Investimento e Guerra Financeira" no Diário da Crise do Eduardo Costa Pinto (IE/UFRJ)

Na última sexta-feira (11/03), atendendo a um convite do professor Eduardo Costa Pinto, eu participei do Diário da Crise, programa nº 95, no canal do IE/UFRJ). O tema foi "Financeirização, Fundos de Investimento e Guerra Financeira", o último episódio de um curso, bastante interessante, com 3 outras lives de um curso que o seu canal ofereceu sobre financeirização.

Tratamos mais longamente sobre a potência dos fundos como importante instrumento da hegemonia financeira (e arma de guerra, armamentizaçao das finanças) no capitalismo contemporâneo. Abaixo o link para aqueles que se interessam sobre o tema.

Um diálogo muito agradável em que pude tentar fazer uma síntese, apresentando e debatendo, dados atualizados que estão presentes no meu livro "A ´indústria´dos fundos financeiros: potência, estratégias e mobilidade no capitalismo contemporâneo", realçando e argumentando, porque em minha opinião, os fundos financeiros e a intensificação da financeirização (hegemonia do capital financeiro) não devem ser vistos desvinculados dos ativos reais (produção material), em suas diversas frações, onde realizam enorme captura de rendas num processo de "vampirização".

Tentei mostrar como os processos de valorização (circuito do valor) e capitalização (circuito da financeirização) ocorrem de forma simultânea, conferindo fluidez e hipermobilidade ao capital, numa estratégia que estão tornando (desde 2008, em especial) ainda mais potentes, os fundos financeiros que assim lubrificam a financeirização que hoje se tornou hegemônica no capitalismo contemporâneo. 

Há muito ainda a ser investigado nos circuitos financeiros globais e nacional, estudado os seus alcances, agentes, processos e estratégias no capitalismo atual. Os fundos compreenderam o "jogo das escalas", ganharam agilidade para se enraizarem e desenraizarem (em capital fixo no território, como ativo real), em processo de valorização e como se moverem com enorme fluidez entre frações do capital e espaços (territórios) intra e entre nações, assim como se expandir em inovações financeiras em processos de capitalização que se movimentam de forma simultânea e complementar. Os argumentos e leituras estão abertas ao debate.



quinta-feira, março 10, 2022

A guerra financeira das sanções já afeta os maiores fundos globais e ampliará a crise

A guerra EUA-OTAN x Rússia tem três dimensões ou elementos que se interagem transversalmente, conforme o nível da disputa das relações de poder envolvida. 1) Guerra tradicional/híbrida; 2) Financeira/sanções; 3) Cibernética e digital.

Assim, como em outras guerras, começa pela primeira dimensão e depois oscila também para as demais que antes ou não existia (cibernética) ou era menos importante, como a econômico-financeira, nestes tempos de mercados e finanças globalizadas.

Não é difícil perceber que estamos agora  no auge da dimensão das sanções financeiras, a maior já havida até hoje em conflitos no planeta. E tem os EUA na cabeça que é quem controla a moeda de conversão e de comércio mundial e assim, a grande maioria dos fluxos da financeirização ao nível global, agindo contra uma grande potência, porque em suma se trata de uma guerra EUA x Rússia. Sendo assim, não se pode deixar de observar que na cabeça da financeirização global estão os maiores fundos financeiros globais. 


Os fundos de investimentos lubrificam a financeirização que se tornou hegemônica

Dos dez maiores, nove são dos EUA, alguns em parcerias com grande financistas do Reino Unido. No topo desta lista é o conhecido fundo americano, Black Rock, criado em 1990 e que hoje controla volume de ativos superior US$ 9 trilhões, cerca de 15 vezes o confisco que os bancos americanos fizeram das reservas russas e quatro vezes mais o PIB russo.

Já tratei no meu livro “A ´indústria´ dos fundos financeiros: potência, estratégias e mobilidade no capitalismo contemporâneo”, editora Consequência, 2019, que os fundos de investimentos, controlam de forma crescente (em especial, depois da crise do subprime, em 2008/2009), tanto os ativos reais (produtivos), quanto ativos financeiros (títulos, papeis, ações, mercados futuros, etc.), em nações de todos os continentes do mundo. Assim, o instrumento dos fundos são hoje responsáveis, em boa monta pela acelerada financeirização ao nível global.

Nesse sentido, podemos afirmar que os fundos lubrificam a financeirização que contribuiu em boa parte pela hegemonia no capitalismo contemporâneo, globalizado que agora é colocado em xeque no confronto direto entre duas potências mundiais: EUA x Rússia.


Os fundos + digitalização ampliaram a fluidez e a mobilidade setorial e espacial do capital

Os fundos financeiros com o auxílio indispensável do avanço das tecnologias digitais (TIC) deram fluidez e mobilidade ao capital, seu desejo quase utópico de circulação sem controles ou regulação. O capital ganhou uma hipermobilidade, tanto setorial (Inter setorial entre setores e econômicos e entre os ativos reais e os financeiros), quanto espacial, entre EUA, Moscou, Hong Kong, Brasil, etc., onde se localizam os ativos destes potentes fundos.

Sem o avanço da “dominação digital” não seria possível a velocidade e densidade destes fluxos financeiros instantâneos, pelo menos, na proporção que enxergamos hoje no capitalismo contemporâneo.

Uma hipermobilidade, mas de controle centralizado. A ponto de seus proprietários, em acordo com o poder político (e geopolítico) poderem confiscar e interromper fluxos financeiros de terceiros, unilateralmente, no interior do sistema inventado pelos europeus, que o professor Fiori denominou como “Sistema Interestatal Capitalista”.

A guerra financeira, os fundos, o sistema interestatal e a disputa por hegemonia

Os fundos de investimentos também investem na economia da guerra e das armas, embora pouco se fale disso. Porém, a repercussão das sanções econômicas não são simples de serem medidas e nem compensáveis. 

A Ucrânia e seu povo sofrem essa disputa, que nessa fase se fortaleceu em termos geoeconômicos, mesmo que em meio a movimentos geopolíticos cujos resultados só adiante serão percebidos.

É nesse contexto que o freio dos fluxos financeiros, o abandono de empresas e ativos na Rússia, os bloqueios de suas exportações de petróleo e minerais, as consequências da interrupção no fornecimento de insumos e interrupções, as quebras de várias cadeias produtivas regionais, etc. já produzem impactos para as pessoas, nações e para esses grandes fundos globais que possuem controle centralizado nos EUA.  

A guerra financeira nunca terá uma direção única como o de uma bomba. Como a globalização os ativos estão interligados, a explosão vai em várias direções e em efeitos sinérgicos. Os custos das pessoas e das empresas já aumentaram com energia e com alimentos. Junto puxa a inflação nos diferentes países, mesmo que em proporções distintas decorrentes dos impactos diversos em cada cadeia, mas em todos, fortemente influenciados pela energia e alimentos.

Assim, a recessão tende a se ampliar também com a redução da produção e do comércio. É nesta toada que os ativos (reais ou financeiros) perderão igualmente, como valor real. É certo que a periferia sempre perderá mais, porque não detém os meios que as finanças centralizadas dispõem.

A guerra sempre tem um grau de irracionalidade que depois os líderes tentam superar. Porém, já é possível perceber que a globalização sofre um freio com esse fenômeno da guerra EUA-OTAN x Rússia. As nações tendem a olhar mais para dentro, para suas defesas e para as suas necessidades estratégicas. É óbvio que isso não interessa aos fundos financeiros globais. E se é verdade que a guerra financeira afeta os fundos globais ela também afetará os fundos financeiros regionais que aos globais estão imbricados.

Os fundos com suas plataformas digitais ‘online’ que funcionam 24 horas, monitoram todos os movimentos do mercado em que atuam e já devem identificar as tendências. Onde os fluxos se reduziram, foram trocados, os by-pass criados, etc. Geoeconomia determinando nova geopolítica. Por isso uma guerra entre potências (EUA x Rússia) não tem como não ser vista como um conflito de proporções globais

O Black Rock possui a potente plataforma Aladdin com trabalho de equipes com milhares de economistas, matemáticos e técnicos de computação em telas de 360º. Usam IA e redes de computadores expostas em tema que monitoram simultaneamente esses dados. Observam seus efeitos em modelagens e programações de algoritmos com aprendizado de máquinas (learning machine). Não é por outro motivo que o Black Rock trabalha, essencialmente com o ETF, um fundo de índices que visa ganhar como inovação tecnológica financeira com o monitoramento da totalidade.

Os fundos chineses são poucos conhecidos e articulados junto aos seus grandes bancos estatais. Eles possuem relações com alguns destes fundos do Ocidente, mas se movimentam com lógicas distintas por isso, devem ser bem menos afetados. De novo, há que se observar a tendência do Oriente se distanciar do Ocidente não apenas por conta da russofobia.

É evidente que são grandes os temores dos proprietários destes capitais, hoje sob a gestão destes fundos financeiros gigantes que operam juntos, e em articulação, com o Estado americano.

Neste sentido, é provável que seus gestores (Larry Fink, em especial) tenham feito uma aposta com o Poder Político da Casa Branca. Uma aposta de médio prazo de olho na manutenção da hegemonia geopolítica e financeira americana, ainda muito vinculada à moeda americana.

Porém, bombas nucleares financeiras como essas das sanções gigantes que estão sendo escaladas, não são possíveis de serem modeladas antecipadamente. Seus resultados ainda estão sendo medidos. Os by-pass monitorados entre fluxos subterrâneos, mercado negro, criptomoedas e outros.

O fato é que os proprietários destes ativos dos grandes fundos globais, também estão sendo atingidos, mesmo que muito menos que as pessoas, mas tendem a reagir. Observemos, pois, os movimentos e falas dos seus líderes e, então, enxergaremos melhor, os impactos da sangrenta guerra e veremos que a crise tende a se ampliar. Apertem os cintos o hegemon pode estar à prova.

segunda-feira, março 07, 2022

Para além da diabolização do Putin, o que poderá sair da guerra EUA-OTAN x Rússia?

A guerra é cruel, violenta, sangrenta e de consequências difíceis de serem medidas, mas a diplomacia sempre se mostrou limitada para essas grandes contendas. Não há santos em disputas deste tipo, ao contrário os diabos e os demônios nascem e se alimentam de tudo isso.

O fato é que com a guerra EUA-OTAN x Rússia, ou Rússia x EUA-OTAN, Putin que já era mal visto foi ainda mais facilmente diabolizado. Em especial no Ocidente e com ajuda das redes sociais e das Big Techs americanas que entraram na disputa como braços da OTAN. Creio que Putin sabia que isso iria ocorrer. Talvez, não na proporção, quando resolveu ir para o front da guerra tradicional e mortífera. O mundo se transforma a partir daí e produz enormes consequências de médio e longo prazos, daí se compreende porque é estratégica a aliança da Rússia com a China.

As duas potências se complementam, mas a China avança no “soft power”, como poder moderador de um lado e atenuador das sanções de outro, em meio aos riscos de uma grande crise Ocidente x Oriente, ou de alternância para uma liderança mundial eurasiana. Se a premissa tem algum sentido, na aliança entre Xi Jiping e Putin, o último, já deve ter aceitado que a China possa assumir um novo papel, num mundo que não seja unipolar e sob controle da EUA-OTAN.

A história não se encerra aí, evidentemente. As sanções estão empurrando para uma desdolarização, um comércio entre grandes nações, via moedas próprias, digitais e/ou criptos, compensações e meios de pagamento em volumes nunca dantes realizados. É um processo paulatino, mas que já está sendo testado na prática, com maior volume e ajustes acordados em tempo de guerra.

A Europa que já enxerga vantagens nas relações com a China, de outro lado teme muito agora, a expansão da guerra e os riscos de um desabastecimento energético e de alimentos, além do torpedeamento de suas potentes cadeias produtivas regionais.

Os países da UE têm suportado as pressões se mantendo na OTAN, para desgastar o “vizinho” Putin, mas já deve estar repensando os riscos que tem de um lado e também do outro, assim como as vantagens que pode ter com um mundo multipolar (sem acreditar muito nisso, após sofrer duas grandes guerras), neste momento de redefinição da ordem mundial.

Enquanto isso, a Turquia que é membro da OTAN, parece enxergar mudanças neste pêndulo, não apenas se oferecendo para moderação, mas indo um pouco mais longe, ampliando conversas e negócios com ambos os lados, assim como outros países do Oriente Médio e também a asiática e grande Índia. Se este for o cenário será também grande a hipótese de Trump retornar ao poder nos EUA, após ter sucumbido à condição de "hegemon". Mas, isso já seria outra e longa conversa.

A guerra e as tragédias humanitárias vão além destes períodos de grandes embates, batalhas, transformações e sofrimento. No dia-a-dia muitas vezes eles não são enxergados e passam despercebidos. Não por maldade, mas por banalização. Realisticamente, não cabe torcida num ambiente de guerra, mas é necessário que nos esforcemos para entender o que realmente está ocorrendo.

sexta-feira, março 04, 2022

A aceleração do tempo na guerra 4.0 (EUA-OTAN x Rússia), os riscos de expansão do conflito e reflexos nas eleições no Brasil

É importante observar a aceleração dos tempos presentes na disputa EUA-OTAN x Rússia, em relação às guerras anteriores. É um processo que pode ajudar a explicar a disputa e a perda da racionalidade que pode estar delineando um quadro tenso de uma pré-3ª Guerra.

A Ucrânia foi o estopim. Tudo se desenrola numa velocidade alucinante — bem distinto dos tempos da 2ª GM —, características do mundo digital que alimenta a guerra física, financeira e de sanções, como elementos da Guerra 4.0. (Ver artigo anterior: Três principais elementos da disputa Rússia x OTAN).

Não estou me referindo apenas a velocidade de informações e contrainformações — isso já havia antes com comunicação via rádios — mas, o "time" que as nações que vão sendo envolvidas no conflito e no tempo que têm para digerir e tomar decisões, que de forma espiral pode seguir envolvendo outras nações.

Se o conflito EUA-OTAN x Rússia se alongar no tempo, esses desdobramentos se estenderão para as questões econômicas das nações, com reflexos para as eleições nacionais de vários e importantes países. Tudo isso tende a retroalimentar e ampliar espacialmente o conflito.

 

A guerra 4.0 e as eleições no Brasil

Essas hipóteses sacodem o tabuleiro e produzem instabilidades e possibilidades para que as relações internacionais e a crise EUA-OTAN x Rússia afetem as eleições no Brasil previstas para daqui a menos de sete meses. Ainda não vi e nem li comentários sobre essas hipóteses, mas creio que elas precisam ser consideradas e avaliadas.

No caso do prolongamento do conflito e expansão espacial para outros pontos da Europa é evidente que os candidatos das eleições na França e no Brasil (entre outros países) terão que lidar mais densamente com o tema das relações externas e muito provavelmente também com posições fortemente confrontantes entre os principais candidatos.

No caso de Bolsonaro, o atual presidente já começou a produzir falas conflitantes e em dissimulação sobre a guerra, aliás como faz o tempo todo em outros assuntos. Não é difícil supor que Bolsonaro queira usar o tema para esconder seus graves problemas de administração e os poucos resultados que tem para a apresentar na busca de reeleição, mesmo não tendo liderança reconhecida ao nível global.  

Bolsonaro usaria essa nova dissimulação não apenas como uma desculpa para as dificuldades de seu período de mandato, que mistura ainda a Pandemia neste bojo. Assim, pode-se ainda imaginar que o presidente poderia tentar reapresentar o “seu governo militar” como o mais apropriado ao tempo presente, permeado de conflitos entre nações, embora o que se perceba ao nível global, seja a demanda ansiosa por lideranças que possam intermediar os conflitos, atributo que Bolsonaro nunca teve, ao contrário daquilo que é reconhecido globalmente, em seu principal opositor, Lula.

O uso da guerra para alegar a paralisação da economia, a inflação, preços altos dos combustíveis (gasolina, diesel e gás), eletricidade, alimentos, etc. são fatos que fogem à realidade de um país que em quatro anos de mandato, vem observando o desmonte das políticas públicas e de piora das condições de vida, com entrega e privatização de estatais a preço vil (inclusive das fábricas de fertilizantes da Petrobras que faz agora falta), muito anos antes de espoucar o conflito EUA-OTAN x Rússia.


Entre o medo e o horror com a guerra e a demanda por uma liderança forte e moderada

Há ainda a ser considerado, o tamanho do percentual dos brasileiros que tem medo (ojeriza) à ideia de guerra. Esses podem temer ainda mais Bolsonaro e seu governo militar. Como se pode intuir, o tema tende a trazer mais um embate político entre os principais candidatos nas eleições de outubro.

Para quem está na liderança folgada nas várias pesquisas, em quadro de estabilidade, caso do Lula, nada disso interessa. Já ao presidente que vai para a disputa à reeleição nas piores condições, por má avaliação do seu mandato na história eleitoral do Brasil, o tema pode aparecer como esforço, quase desesperado, de virar o quadro com iniciativas e decisões inesperadas.

É evidente que o percentual de pessoas que possa cair nesta nova e contraditória dissimulação não é tão grande, mas devemos lembrar que as eleições contemporâneas no Ocidente tendem a ser decididas por margens pequenas de votos.

Enfim, as ameaças da guerra EUA-OTAN x Rússia para outras regiões do mundo começa a aparecer no horizonte como um grande conflito. No Brasil, estamos a menos de sete meses das eleições de outubro. Esperava-se para abril (e depois junho), as primeiras definições que produziriam reflexos para as eleições presidenciais.

Porém, esse novo cenário chega trazendo espanto e horror pelos embates e vítimas, mas também instabilidades e possibilidades de que o tema da guerra, se prolongada no tempo e espaço, possa empurrar as definições principais das eleições no Brasil, ainda mais para a reta final do pleito por conta das grandes transformações da geopolítica global.

terça-feira, março 01, 2022

Três principais elementos da disputa Rússia x OTAN

Três elementos chamam a atenção nesta disputa OTAN x Rússia: 1- Energia (petróleo e gás); 2- Hegemonia financeira (fluxos e sanções); 3 - Controle Cibernético (Big Techs-Redes Sociais; Manipulação política) e Imperialismo digital. A sequência vale também temporalmente.

O 1⁰, a Energia está presente há um século nas disputas geopolítica e por hegemonia. O 2⁰, a financeirização se amplia há 3 décadas. Já a 3⁰, a disputa cibernética, há quase duas décadas. 

A guerra OTAN x Rússia se dá em três frentes, especialmente. Em duas (financeira-cibernética) toda a OTAN+ enfrenta a Rússia. Porém, mesmo a guerra "tradicional" é atravessada por estes dois enfrentamentos.

Assim, as guerras híbridas e físicas serão disputadas nestes três campos, mesmo que ainda não tenhamos clareza desse processo. Mais complexo ainda se torna o fato das disputas se darem entre Ocidente e Oriente ou na região eurasiana.

PS.: Atualizado às 10:16 de 01/03/2022.