terça-feira, outubro 11, 2005

Entenda os negócios que envolvem o Pólo Petroquímico RJ - 1

A Braskem é um consórcio de empresas que coordena o projeto no estado do Rio de Janeiro que no momento atual se prepara para definir a localização da planta petroquímica tendo como opção Itaguaí ou Guriri, já opera dois pólos de petroquímica no país, a Copesul e a Copene, correspondentes aos pólos de Triunfo no Rio Grande do Sul e Camaçari na Bahia. A Braskem é controlada por um bloco liderado pela Odebrecht e integrado pelos fundos de pensões das estatais. A Braskem chegará este ano a US$ 1 bilhão em exportações de resinas plásticas. A estatal brasileira da área petroquímica consorciada deste projeto é a Petroquisa. A Petroquisa também atua na Copesul, onde detém 15,63%, a Braskem 29,46% e a Ipiranga outros 29,46%. O presidente da Ipiranga Eduardo Eugênio Vieira é um dos acionistas da Ipiranga. A Petrobras detém 10% da Braskem e estuda ampliar esta fatia para 30%, o que a tornará uma de suas controladoras. Uma das disputas no empreendimento do RJ tem a ver com o percentual de participação na Copesul. A Ipiranga não quer reduzir sua participação na Copesul, que será gerado com o aumento da participação da Petrobras na Braskem. Difícil entender? Acredito que em parte, mas, o objetivo é fazer você leitor deste blog ter a visão de que a decisão de executar o empreendimento é cada vez mais real. Além disso, também mostar, a complexidade das negociações, que envolvem uma disputa maior do que simples mobilizações com abaixo-assinados. A Petrobras tomou uma decisão estratégica recente, a de aumentar a sua participação na área petroquímica. Parece que tal decisão, somada à decisão de tocar este novo empreendimento, está gerando uma certa “dança nas cadeiras”.

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