Há uma tendência cada vez maior de projetos governamentais proporem políticas públicas que tenham como fonte de financiamentos os recursos dos royalties. A pesquisa recentemente divulgada pela Fundação Getúlio Vargas levantou o potencial da atividade turística hoje existente no país e concluiu que há hoje 149 regiões turísticas que envolvem 1.207 municípios.
O estudo que deverá ser divulgado no final de agosto teve como parceiro a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e está também concluindo que: “o turismo não pode se desenvolver sem contemplar uma política de distribuição dos royalties”. “A utilização de royalties em investimentos de infra-estrutura nas cidades visa o desenvolvimento do turismo local que irá gerar empregos e renda para a população” defendeu Roberto Dutra, presidente da Associação Brasileira de Turismo Receptivo.
Interessante o estudo e as suas conclusões que apontam para o apoio a iniciativas de desenvolvimento local que há muito tempo temos defendido, especialmente na área do turismo. Porém, há que se ter atenção para o interesse em se avançar sobre os recursos dos royalties como fonte de financiamentos de todo o qualquer tipo de projeto. A região precisa saber que este e outros projetos tenderão a ter cada vez mais espaços na mídia, o que, conjugado, a uma má utilização local dos royalties poderá significar, em médio prazo, a sua transferência para outras formas de uso.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
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