Um atento observador das publicações no Diário Oficial do município identificou um estranho comunicado que saiu hoje no Monitor Campista:
“Pregão 19/2006 – Objeto: Aquisição de Fraudas Descartáveis para a Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde”. Segundo o informante, a desconfiança não se deu apenas pela confusão entre fraldas e “fraudas”, o que poderia ser apenas, aquilo que em psicologia se chama de “ato falho”.
Porém, quando se prossegue na análise observa-se, que a empresa contratada para tal fornecimento, das tais “fraudas” descartáveis, é uma construtora, a Barcelos e Câncio Pavimentação e Construção Ltda. Não há como, não se ficar com a pulga atrás da orelha, intrigado, pois, as conjecturas podem apontar para algo falho, para além deste símbolo psicológico. Enfim, espera-se que neste caso, seja apenas uma desconfiança do observador e que tudo não passe, de uma burla à ortografia e não ao erário público.
65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
2 comentários:
Roberto, seria o que em contabilidade chamam de desvio de função no contrato social. Muito embora, muitas empresas, cheguem a colocar outras atividades não correlatas entre si e com a razão social e, até mesmo no nome "fantasia". Nada impede que se possa exercer tais funções comerciais, mesmo que, sendo éticamente duvidoso. É fato comum entre empresas partícipes de concorrências públicas. O que não quer dizer que não devamos fiscalizar ou até mesmo desconfiar.
www.baratas.tk
Olá baratas,
Compreendo suas explicações, mas o alvo principal da nota é o crime ortográfico, qualquer um outro deve ser averiguado após o enterro da língua portuguesa assassinada na publicação oficial.
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