Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Observatório Universitário e divulgado, há duas semanas, pela Folha de São Paulo, o IBGE identificou que 53% dos formados no Brasil trabalham em áreas diferentes da sua formação. O referido estudo deveria provocar reflexões e mudanças em nosso ensino.
A análise foi feita a partir do trabalho e da profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 diferentes áreas. O resultado encontrou grandes variações de resultados conforme a área de formação. Partindo da premissa, de que a metodologia merece credibilidade e analisando somente seus resultados, muitas questões podem ser levantadas:
1) Por que os pesquisadores atribuíram, como um dos motivos desta discrepância, a baixa idade com que os adolescentes e jovens são chamados a optar por uma carreira?
2) As conclusões do estudo podem trazer de volta a idéia de núcleos comuns e básicos para os cursos de graduação que quando aplicados são rejeitados e questionados pelos alunos?
3) Os autores do estudo disseram que para a grande maioria das profissões, especialmente no setor terciário se poderia oferecer a formação profissional em até dois anos no máximo ou até numa curta pós-graduação. O que acha disso?
4) Os Cefets e as escolas técnicas têm uma tradição, de pelo menos quarenta anos, de formação de técnicos em nível médio que ainda possuem espaço no mercado de trabalho, como compreender este fato à luz dos resultados desta pesquisa?
5) Fala-se em preparar as pessoas que tenham formação sólida o suficiente para dominar linguagens que as permitam atuar em qualquer profissão. Isto não lhe parece teórico?
6) No campo da tecnologia, aparentemente, as propostas que os pesquisadores apontam, não parecem ter muito sentido, pois a base científica parece exigir mais e maiores estudos. Esta interpretação pode ser considerada um exagero ou não?
7) Considerando “de passagem” os resultados desta pesquisa aponte três ações em ordem de prioridade que poderia ser tomada pelos gestores da educação brasileira.
PS.: Leia a íntegra da matéria aqui. Depois responda as questões acima e comente sobre a matéria da Folha Online.
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