Centro x periferia no 2° turno

Embora sejam candidatos bem diferentes (os quatro – dois a dois) não só em conteúdo, postura/perfil e trajetórias políticas, a divisão por bairros e regiões dos municípios, os votos recebidos pelos candidatos selecionados para irem ao segundo turno, no Rio é “relativamente” parecida com a de Campos. Antes que reclamem, o blog vai insistir que a comparação não é entre os candidatos e sim entre os apoios pela localização dos bairros e regiões do município. O blog se refere ao fato de que tanto lá como cá, um candidato é majoritário nos bairros da elite e classe média e outro nas periferias. A maior diferença talvez sejam as razões para a elite ou classe média fazerem suas escolhas. Por outro lado, o blog considera impertinente e pueril, a interpretação dos motivos da periferia fazerem suas escolhas. Além do abandono e da baixa qualidade das políticas públicas na periferia, tanto lá como cá, há que se considerar, no caso específico de Campos, que tanto uma classe quanto outra foram cooptáveis ou não, pelas benesses da viúva. Atribuir baixa qualificação ou inteligência nesta escolha é, além de preconceito, pouca inteligência e oportunismo de quem formula esta conclusão. Antes de terminar, talvez seja oportuno também observar que desenho semelhante, em termos de apoio político acontece na capital paulista. Kassab na elite e classe média e Marta Suplicy na periferia. Também são personagens diferentes com conteúdos, perfis e trajetórias políticas distintas dos candidatos do Rio e de Campos. Bom esclarecer que estamos falando de vontade majoritária dos votos e não de exclusividade. Se o fato, vale para as médias e grandes cidades brasileiras, onde são maiores as áreas urbanas e as periferias que lhes servem, isto quer dizer algo, que muito provavelmente terá grande peso nas próximas eleições. Observemos os próximos desdobramentos. Porém, façamos isto, mais sob o ponto de vista político, do que sob a questão eleitoral, porque, é evidente que os candidatos que abocanharem um naco maior da área de influência dos seus adeversários serão, daqui a duas semanas, os vencedores do segundo turno.