65 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE). Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia. Blog criado em 10 agosto de 2004.
domingo, outubro 12, 2008
De Outros Campos
Uma interessante obsevação feita pelo Roberto Torres, no blog Outros Campos. Vale reproduzir abaixo:
"Governo Lula: uma postura grandiosa diante da crise"
Por Roberto Torres
"A posição do governo Lula diante da crise financeira americana tem sido a melhor possível. Ontem, em reunião no FMI, o ministro Guido Mantega expressou de forma muito clara como o nosso Governo percebe a crise. Mantega defendeu que a crise é do modelo de gestão financeira e de desenvolvimento econômico de quem sempre se pôs como modelo para o mundo, e a quem o FMI nunca levanta suspeitas e investigações sobre a “saúde” e a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento econômico".
"Enquanto os países “em desenvolvimento” são alvos incontestes da ação reguladora do FMI, sobre a suspeita constante de “populismo” e “corrupção”, o centro financeiro do capitalismo global fica livre para as jogatinas e malabarismos irresponsáveis com o economia mundial; está é a mensagem que Guido Mantega transmite de modo claro e enfático ao mundo. Com essa postura, o Governo traz em questão a legitimidade do próprio FMI e logo de toda a estrutura institucional que sustenta e torna palatável o funcionamento do capitalismo tal como ele é hoje. Temos a honra de nossos porta vozes expressarem a hipocrisia neoliberal que prega austeridade para os países periféricos e sustenta o “vício” irresponsável dos agentes financeiros (apostadores) de Wall Street e Southampton".
"Já a decadência do credo neoliberal está personificada na postura de FHC, que no fundo gostaria que o Governo brasileiro fosse o primeiro candidato às imposições de cortes e “economias” do FMI. Sem ter nada a dizer sobre o fato do Brasil estar suportando a crise de um modo vigoroso e corajoso, a subserviência provinciana de Fernando Henrique e do PSDB não vê outra saída senão pedir conselhos ao Fundo Monetário, quando a posição mais ousada e criativa, cujas condições o Brasil acumulou ao longo do governo Lula, tem sido a do próprio Governo: criticar com palavras e exemplos o capitalismo irresponsável e desumano que domina o consenso político liderado pelos EUA".
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Um comentário:
Caro Roberto:
Muito interessante esta reflexão do Roberto Torres no blog Outros Campos, porque ela mistifica ao invés de clarificar um tema relevante e que nos atinge a todos.
Honestamente, como cidadão de pensamento independente e sem associação pessoal com nenhum grupo político ou mesmo ideológico me parece que ao contrário do que alega o texto reproduzido no seu blog, o Presidente Lula desde que assumiu o governo tem apresentado uma postura errática, equivocada e que desmerece a estatura do seu cargo.
Tão míope e incompetente quanto Fernando Henrique Cardoso, Lula é um mestre da retórica vazia, da indigência intelectual e do fisiologismo político de toda espécie. Os escândalos políticos, a inércia de ações e a cara-de-pau é o grande elo a ligar os dois. Decepcionantes o Doutor e o Operário. Nesta questão específica, Lula e seu staff se nagaram a diagnosticar a seriedade do problema num primeiro momento, atacaram indústrias brasileiras que acreditaram na estabilidade do Real num segundo, e finalmente passaram a apedrejar os financistas internacionais como se não fosse o óbvio.
Além do mais, a decadência do nefasto credo neoliberal não está personificada apenas no Fernando Henrique, mas também e sobretudo no atual presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, homem egresso do "Mercado" e ex-diretor do Bank Of Boston.
Saudações.
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