quarta-feira, outubro 15, 2008

Duas opiniões sobre o setor sucroalcooleiro da região

A primeira do Luiz Felipe Muniz, petroleiro, advogado, ecologista e blogueiro, comentando a nota baixo sobre a possibilidade de fechamento de mais duas usinas de açúcar na região: “Votarei a falar sobre a decadência da indústria sucro-alcooleira... Uma coisa porém é certa: não basta ter história, nem basta anunciar aos quatro ventos os potenciais regionais...falta hoje e sempre faltou no passado, gestão! As dívidas com o Banco do Brasil foram anistiadas num passado recente e nem isso foi suficiente para que esta indústria tomasse outros rumos e promovesse mudanças reais de gestão e profissionalismo... Outras quebrarão, infelizmente! Há ratos demais no porão... da mesma forma que agem nas estruturas precárias de uma Prefeitura enricada à base de petro-dólares... Já disse e repito: A Petrobras Biocombustíveis tem interesse na região, mas por aqui faltam lideranças capazes e organizadas para travar discussões objetivas e parcerias profissionais promissoras, até o momento!!” Outro ponto de vista:
Também postado nos cometários de autoria de Marcos Valério da Silva, técnico em Agropecuária, estudante de Análise de Sistemas:
"Sobre a decadência, concordo em parte com o comentário do Luiz Felipe, porém quero lembrar aos blognautas a questão crucial do dito problema: O Senhor Mercado. Dentro do quadro agronômico atual, em nosso município, é necessário que se faça uma avaliação muito profunda, em todos os aspectos, sobre a manutenção da lavoura canavieira como principal atividade agrícola. Temos um paradoxo que nas entre linhas das discussões em todas as mídias, e, bate papos entre produtores: O custo de produção é muito alto, e os preços de mercado envolvem outros estados e países. As propriedades, em sua maioria são micro, o solo sofre com as queimadas, no entanto a mecanização do corte da cana é de certa forma inconcebível por seus custos altos, e, muito dificilmente nos tornaria competitivos. Acho que o problema é muito maior do que se explana nos meios de comunicação, e outros, existe a necessidade de uma gestão não só de recursos financeiros, mas antes de tudo, é necessário um grande FÓRUM para esta avaliação: É viável? Em tempo, não tenho absolutamente nada contra os implementa-dores da cultura da cana-de-açúcar, muito ao contrário desejo que ela se restabeleça forte e plena! Afinalo problema não é só histórico, econômico e cultural! Envolve a vida de muitos seres humanos!"

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro Professor,
Relativamente aos tópicos acima, implementados por dois técnicos, gostaria de dizer que ontem tomei conhecimento, que o Grupo Votorantin, usando tecnologia já implementada na Califórnia americana, irá produzir DIESEL( diesel, mesmo) a partir da cana-de-açúcar. Num primeiro momento.
Após, também passará a produtor gasolina(gasolina, mesmo).
Fiquei bastante surpreso.
Alguém mais tomou conhecimento desta informação?
Por favor, façam seus comentários esclarecedores, pois, para mim, como já disse, fiquei bastanbte surpreso com a possibilidade.

Anônimo disse...

Caro Professor,
Li ontem, agora não sei mais onde, que o Grupo Votorantin passaria a produzir diesel(diesel, mesmo) a partir da cana-de-açúcar, com tecnologia adquirida na California americana.
Num primeiro momento. A seguir, produziria também, gasolina(gasolina, mesmo).
Fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz por ser mais uma alternativa para a nossa indústria açucareira, ainda mais agora, com a notícia aí divulgada por seu blog do fechamento de mais duas unidades.
Por favor, mais alguém que tenha cohecimento do fato, se manifeste.
Obrigado.
E.T.: Não tenho nenhum interesse pprofissional ou financeiro maior sobre o assunto, apenas, vejo, como mais uma possibilidade para a nossa região, o que me causou curiosidade.

Anônimo disse...

Propaganda contra o Gabeira no Rio.E adivinha quem está envolvida?
http://eleicoes.uol.com.br/2008/ultnot/rio-de-janeiro/2008/10/15/ult6022u375.jhtm

Anônimo disse...

Na verdade a todos estes fatores que os dois amigos comentaram, os quais eu concordo plenamente, soma-se também todo o descaso e a omissão das autoridades, desde o governo federal até principalmente o governo municipal.
E o descaso não é só com o setor sucro-alcooleiro, mas sim com todo agro-negócio. E quando falo disso, quero me referir aos pequenos produtores obviamente. Não existe apoio municipal aos pequenos. É só andar pela baixada por exemplo, que é possível constatar um nítido abandono.

Esse ano muita gente que produz cana, trocou dinheiro. E outros ainda ficaram no prejuízo, já que o preço da cana vendida sequer conseguiu pagar os custos de produção.

É notório que o setor agrícola precisa de transformações, desde o profissionalismo na administração das usinas, até o incentivo público aos pequeno produtores.

Anônimo disse...

Kd o Fundecana que Arnaldo tanto fala? Afinal, ele só tem três coisas para falar que realizaou como prefeito: Fundecan, Fundecana e HGG. Então, kd?

Anônimo disse...

O maior município em extensão territorial do Estado não produz alimentos e ainda dizem que este tem tradição agricola, nada contra a cana, mas com este começo o que pretendo é propor uma discussão sobre o campo. quem mais tende a perder com a produção de cana serão os pequenos produtores, estes já perdem muito porque eles não têm alternativa, o poder publico local não reconhece os pequenos produtores a não ser em epoca de eleições, o programa de financiamento da agricultura desenvolvido pela prefeitura é voltado para os grandes produtores, as maquinas agricolas que a secretaria de agricultura tem não trabalham em pequenas propriedades, e para completar os pequenos produtores do município de campos são impedidos de acessar os recursos destinados a infraestrutura que o governo federal coloca a disposição anualmente para este setor, para acessar estes recursos é necessario que se faça projetos e que a prefeitura seja proponente e entre com uma contrapartida de seis a dez por cento mas como Campos está inadimplente com o governo federal sendo assim não pode acessar os recursos, devido a toda esta falta de atenção para com os pequenos produtores os pequenos produtore de Campos são obrigados a plantarem cana por ser uma cultura que já tem toda uma cadeia produtiva e de comercialização montada onde o produtor só tem o o trabalho de plantar que as usinas se encarregam do resto (colheita e transporte), liberando assim os pequenos produtores para tentarem ganhar a vida de outra forma (arranjar um emprego)