Cadê o dinheiro dos royalties?

Neste momento em que a sociedade regional cada vez mais se faz esta pergunta, o blog relembra que em 2001 o prefeito Arnaldo Vianna, quando ainda era aliado de Garotinho, então governador do estado, decidiu financiar com R$ 1,8 milhão a escola de samba Imperatriz Leopoldinense. O imbróglio foi parar na Justiça depois que uma representação movida pelo PT de Campos no MPE, gerou uma Ação Civil Pública (ACP). O resultado final do processo que até pouco tempo ainda rolava, não é conhecido do blog, mas o caso tornou-se um dos casos mais conhecidos do mau uso do dinheiro público em nossa cidade. Nesta época havia quem julgasse tratar o caso de uma simples implicância. Bom lembrar que o intermediário do "negócio" um tal de Sérgio Murilo chegou a afirmar, em entrevista ao Jornal do Brasil, que pela intermediação da transação ele teria direito a 20% do volume a ser financiado. Mais ainda, quando o prefeito assinou o contrato, o mesmo ainda não havia tramitado na Câmara de Vereadores, que na ocasião vacilou, e por unanimidade, acabou aprovando de forma retroativa aquela aberração. Pior de tudo, foi ouvir e ler diversas entrevistas da conhecida carnavalesca da escola, Rosa Magalhães dizer em alto e bom som, que Campos não dava um bom enredo, o que acabou fazendo com que, a cidade fosse tratada como detalhe, no desfile da escola que amargou uma péssima colocação, depois de ter sido bicampeã no ano anterior. A edição do JN da quarta-feira de cinzas que tradicionalmente mostra a repercussão do resultado da apuração, mostrou em detalhes as consequências de um financiamento desastrado que virou assunto judicial. Tudo isso hoje faz parte da história, mas, pouco a pouco foi tecendo os diversos absurdos comandados pelo mau uso dos recursos. O prefeito "Canecão" foi outro caso, só que em 2003, que redundou numa matéria feita para o Fantástico que depois foi abortada sem ir para o ar. Bom que a sociedade tenha na memória estes fatos, enquanto luta para manter os royalties e, ao mesmo tempo, garantir um Controle Social mais efetivo no uso deste dinheiro.