domingo, maio 02, 2010

Maluquice ou possibilidade?

Eu não sou chegado a teses conspiratórias e acho, veja bem, acho, que preocupação em excesso leva mais à outras maluquices do que à prevenção. De toda a sorte, vez por outra, me dou conta de pensar na vida virtual que levamos, às vezes mais intensas do que à real que deveria ser a razão delas, com o uso e a troca de e-mails, textos nos blogs, twitters, acesso a contas virtuais de bancos, informações e debates com alunos, acesso a sistemas de gerenciamento, etc. Enfim, as possibilidades de ligar, desligar, dar manutenção em fábricas, usinas, plataformas, etc. à distância traz comodismos, mas também riscos que quase sempre subestimamos... Assim, a reflexão, mesmo que superficial, a estes temas é que me fez dar maior atenção à nota abaixo, publicada, na coluna de hoje do jornalista Elio Gaspari, que o blog transcreve também para sua análise: maluquice ou possibilidade? "O @pocalipse cibernético, na versão beta" "Richard Clarke, o ex-czar antiterrorista do governo americano botou na rua, nos Estados Unidos, um livro aterrorizador. Chama-se “Ciber Guerra – A Próxima Ameaça à Segurança Nacional e o que fazer diante dela”. Clarke tem autoridade para falar de perigos. Trabalhou na Casa Branca de Bill Clinton e George Bush, e nenhum dos dois prestava muita atenção quando ele falava numa tal de Al-Qaeda. No dia 11 de setembro de 2001, com as torres em chamas, avisou: “Eles gostam de ações simultâneas. Isso pode ser o início.” O cenário de “Ciber Guerra” é aterrorizante. Clarke sustenta que a China tem centenas de PhDs trabalhando em planos de ataques cibernéticos e a Rússia já agrediu, com sucesso, as redes de computadores da Estônia e da Geórgia. Some-se a essas agressões a invasão americana dos computadores iranianos, anarquizando arquivos do seu programa nuclear, da qual ele não fala. Clarke montou um cenário de guerra cibernética durante o qual, em uma hora, entram em colapso redes de distribuição de energia, tráfego financeiro e controle de transportes, mais um pedaço do sistema de defesa e das comunicações do governo americano. O resultado disso será um imenso apagão, choques de trens e aviões, engarrafamentos de trânsito, explosões em refinarias e oleodutos. Três dias depois, o abastecimento entra em colapso e começam os saques. Radicalizando: um ataque cibernético a centrais de reparos on-line de copiadoras poderia emitir comandos que provocassem o superaquecimento das máquinas e incêndios. Segundo Clarke, nada disso aconteceu até hoje pelo mesmo motivo que nenhum dos nove países do clube atômico jamais usaram as suas bombas: ausência de um objetivo imediato e medo da reação da vítima. “Cyber War” defende um aperto nos controles do governo sobre a rede e, por conta disso, Clarke é acusado de fazer terrorismo. Ele sustenta seu @pocalipse com argumentos técnicos, mas, num ponto, circula informações corrompidas. Exemplificando o principal episódio de colapso de uma rede de distribuição de energia por meio da ação de hackers, citou o caso que, segundo ele, foi comprovado pela CIA, de um apagão ocorrido em 2003 no Brasil. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, não houve apagão no Brasil em 2003."

Um comentário:

Marcelo Bessa disse...

Mais uma teoria da conspiração...
rsrsrsr