É um escândalo que a mídia comercial não quer tratar. O caso coloca por terra a discurseira sobre comissão de ética, compliance e outras enganações. Estão todos silentes.
Um sujeito pensar que é o super-homem é normal para quem convive na concepção mental de que tudo é mercado. Mas nunca poderá ser visto como natural, sem considerar que a Petrobras não é apenas uma empresa, e sim na prática, um setor com enorme poder estratégico para todo o país.
Porém, o mais grave
nisto tudo é que ficam mais que evidentes, os interesses cruzados sempre envolvendo - como
tenho insistido - os fundos financeiros que comandam as corporações.
Os interesses cruzados, ao contrário do que incautos posam pensar não se dá na esfera do setor econômico de atuação e sim no andar de cima das altas finanças (capital), onde estão os fundos financeiros). Os fundos
não são apenas intermediários de capital. Eles são também proprietários e
controladores das corporações.
A BRF Global tem em seu controle vários fundos como o Standard Life Aberdeen PLC é controlado pelo fundo britânico Aberdeen Standard Investiments que é o maior fundo do Reino Unido e o segundo maior da Europa. Os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil), mais o fundo Tarpon, além dos acionistas menores. A Aberdeen Standard Investiments que foi fundamental para escolha de Parente tem carteira com ativos superiores a R$ 2 trilhões.
A BRF Global tem em seu controle vários fundos como o Standard Life Aberdeen PLC é controlado pelo fundo britânico Aberdeen Standard Investiments que é o maior fundo do Reino Unido e o segundo maior da Europa. Os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil), mais o fundo Tarpon, além dos acionistas menores. A Aberdeen Standard Investiments que foi fundamental para escolha de Parente tem carteira com ativos superiores a R$ 2 trilhões.
A BRF é hoje uma corporação de área de alimentos do mundo, com
produtos comercializados em mais de 150 países, nos 5 continentes e mais de 30
marcas muito conhecidas no Brasil e fora do país: Sadia, Perdigão, Qualy, Paty,
Dánica e Bocatti.
A conexão da Petrobras com a BRF, as tradings que atuam no
comércio global de petróleo e derivados, os fundos que estão adquirindo a rede
de logística (gasodutos, oleodutos) da estatal, as players petroleiras que hoje
são cada vez mais controladas por fundos globais deixa claro os caminhos
recentes a que temos assistido.
Num mundo hiperconectado em que vivemos seria uma
ingenuidade ninguém querer compreender que Parente é uma pessoa de confiança
dos fundos financeiros globais. Assim, age a favor dos fundos financeiros de onde
obtém ainda mais confiança.
Entender o movimento dos fundos financeiros no país e no
mundo contemporâneo é indispensável não apenas para decifrar os meandros da macroeconomia,
mas para compreender o controle sobre o poder político que limita o papel dos
estados-nações. O blog voltará ao tema.
PS.: Para saber um pouco mais sobre a atuação recente dos fundos financeiros leia postagens do blog:
1 - "Os movimentos das frações do capital, a função e a mobilidade dos fundos financeiros na economia global contemporânea". Em 23 de abril de 2018. Disponível em: https://www.robertomoraes.com.br/2018/04/os-movimentos-das-fracoes-do-capital.html
2 - Fundos aceitam pagar US$ 8 bi pela TAG, empresa subsidiária de gás da Petrobras. Em 25 de abril de 2018. Disponível em: https://www.robertomoraes.com.br/2018/04/fundos-aceitam-pagar-us-8-bi-pela-tag.html
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