Um fenômeno real produzido para capturar os consumidores da classe média-média para baixo. Daí para cima são os que ganham com o consumo da massa movida pela tara do consumo já internalizada como objetivo que alcança a maioria. Esse alcance se ampliou por conta do dinheiro digital, abstrato como papel, mas real enquanto informação que confere a materialidade do objeto comprado. Sem o cartão e o dinheiro digital - que é só informação - essa captura teria os limites dos antigos mercados. Numa imagem hipotética, poderíamos comparar com a rede (também de duplo sentido) em que o pescador joga ao mar para pescar ainda mais "consumidores". Uma maioria que na sociedade do consumo impôs quase que uma única razão da existência.
O sujeito é difícil de ser alcançado, mas o consumidor é fácil de ser capturado, manipulado e sugado. O sujeito tende a ser agregador, solidário e coletivo, mas o consumidor é quase uma besta-fera individual que é capturado, e assim demonstra a diferença, exposta pelo volume do consumo, até para exibição de uma competência em ter acesso às compras que só alguns conseguem, assim como na apartação de classes dentro das próprias frações.
O sujeito é difícil de ser alcançado, mas o consumidor é fácil de ser capturado, manipulado e sugado. O sujeito tende a ser agregador, solidário e coletivo, mas o consumidor é quase uma besta-fera individual que é capturado, e assim demonstra a diferença, exposta pelo volume do consumo, até para exibição de uma competência em ter acesso às compras que só alguns conseguem, assim como na apartação de classes dentro das próprias frações.
Tudo isso se desenrola no mundo presente quase como uma procissão de fé que junta as mesquitas aos mercados, desde as antigas medinas muradas, às atuais redes de negócios controladas pelo circuito financeiro. Tudo entre trocas da produção material e acumulação de um capital que segue transformando o sujeito num consumidor mais voraz e distante do ser ontológico que se alimentava de sonhos.
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