No estado de Goiás até o governador de direita e ultra liberal como Ronaldo Caiado (do DEM) quer suspender o contrato de concessão e encampar os serviços de distribuição de energia elétrica pelo governo estadual, tamanha o descaso e a má qualidade dos serviços.
Está em curso na Assembleia Legislativa de Goiás um projeto de lei, em fase de votação, para definir a rescisão desta concessão, que o governador diz que faz questão de assinar em frente à sede da companhia em Goiânia.
Se fosse um governador de centro-esquerda estariam chamando de rompimento de contrato, sem levar em conta os interesses da população e o desenvolvimento daquele estado.
Bom lembar que o leilão de concessão da Celg-GT foi realizada em 2016, na gestão de Temer, como o apoio do governador de Goiás, na ocasião, o tucano Marconi Perilo. Nesta passagem, o governo estadual de Goiás, assumiu dívida de R$ 5,5 bilhões da Celg e entregou a empresa à Enel, também sem passivos trabalhistas, que ficaram por conta do estado de Goiás.
A Enel tem contrato de concessão além de Goiás e no ERJ, mas também nos estados de São Paulo e Ceará onde atua tanto na geração, quanto na transmissão e na distribuição, e em todos estes estados a qualidade dos seus serviços é também muito questionada.
Vale também recordar que em vários países da Europa, as concessões de empresas monopolísticas, como de distribuição de energia elétrica e saneamento, tiveram suas gestões retomadas pelo Estado destes países, por questões semelhantes.
O neoliberalismo que deixa tudo por conta do mercado segue ruindo. A regulação no país deixou de existir, quando as agências se transformaram em balcões de negócios para as corporações globais.
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