Os mais conhecidos são os de transportes, entregas de comida e vendas online.
Porém, o leque de ofertas cresce e já há estudos para a comercialização direta de algumas commodities.
O caso da energia elétrica que ainda não é vista como commodity (mercadoria comum), mas é, por ser mais vinculada à oferta do que à demanda, é um destes casos.
O Valor na edição de hoje (aqui), traz uma matéria informando que o banco Itaú Unibanco já está estudando uma fórmula para aproximar ainda mais o mercado financeiro do mercado de energia elétrica.
A ideia é usar uma plataforma digital (aplicativo) através do qual o banco pretende comercializar energia elétrica para seus seus clientes pessoas físicas.
Imagine você poder comprar a energia elétrica que vai usar por um aplicativo de celular.
O Itaú, assim como as empresa do setor petróleo, vislumbra integrar e ter controle maior da cadeia produtiva desse setor de infraestrutura, onde já possui participações em empresas do setor de energia (gás e eletricidade) e distribuição.
Enquanto isso, a equipe do ministro Guedes promove a desintegração (fatiamento) das empresas estatais de energia para entregar ao setor privado, que faz o inverso integrando-as para obter melhor lucro e ter maior controle do mercado.
O caso do Itaú Unibanco mostra que a intenção com a plataforma digital de comercialização busca juntar o setor de finanças ao de energia.
Este caso serve para se identificar aquilo que venho chamando de "capitalismo de plataformas", onde a verticalização das redes digitais permite um maior controle das demandas antes vinculadas às corporações estatais de infraestrutura que estão sendo transferidas para o capital privado.
Além disso, esses negócios vão se tornando vinculados e controlados por grandes oligopólios em relação estreita com a fração financeira do capital.
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