Passei a chamar isso de "Modo Governadores" (assim como modo avião dos celulares), um consórcio majoritário e multipartidário que se provou na prática mais responsável para nos conduzir neste momento de travessia desse pântano sanitário.
Mas esse "duplo comando" como linhas paralelas de poder tem prazo limitado de duração, diante das ameaças do pico de contaminação previsto entre 10 e 20 dias.
Até lá a confrontação destas linhas paralelas de poder tendem a se ampliar, diante dos riscos da escalada de vítima fatais, que todos torcemos para não acontecer, embora, alguns tenham, na prática trabalhado nos últimos dias para isso com carreatas e defesa do fim do isolamento sanitário.
Ninguém que tem o mínimo conhecimento das esferas de poder imagina que estas duas pontas de poder não estão buscando liderança única. E neste caso, a discussão está em sua maior parte ocorrendo entre os generais e, só subsidiariamente, em líderes de instituições da sociedade civil.
Aparentemente não há consenso, mas os generais em situação de golpe ou guerra, em que costumam atuar, acabam se entendendo por posição da maioria, sem precisar de consenso.
Frações de poder devem estar sendo negociados pelos dois polos em busca do mínimo de coesão.
É muito ruim, que a sociedade fique à margem de tudo isso, num momento tão dramático.
Uma solução que envolva o parlamento é comum que surja em situações de crise como esta.
Nenhuma saída é simples, mas a nação segue ansiosa e preocupada, o que sugere ponderação e algum diálogo responsável.
Se cuidem e sigamos em frente resistindo e acompanhando.
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