Pois bem, passados 14 meses, aí está o desastre em quem abandona a ideia do tripé: Sociedade-Mercado-Governo, acreditando que apenas um dos vértices, o mercado, poderia produzir resultados.
Mesmo na lógica de mercado e neoliberal, Guedes é um fiasco guiado por um ideário ideológico e numa crença do deus mercado.
Pelas insuficiências dos representantes da elite econômica nacional, ele partiu para entrega ao mercado global de nossas riquezas e empresas estatais, exercendo seu "papel FedEx" acreditando que isso, resolveria as demais questões.
O resultado é quase uma centena de bilhões de dólares retirados de ações em empresas nacionais no Ibovespa neste período.
As liberações do FGTS, do PIS e a queima das reservas do petróleo pré-sal na bacia das almas, criaram a ilusão da recuperação, em leitura, novamente ideológica, que ficou conhecida como o "agora vai".
Delfim Neto, um liberal das antigas, sempre lembrava que o mercado era imprescindível, mas era necessário domar esse monstro, ou seria engolido por ele.
O caso agora, mesmo na lógica dos mercadistas (neoliberais) é muito grave. O atoleiro é maior e se espalhou pelo entorno. O Guedes já enviou vários sinais de que deseja sair, até porque não quer esperar o bilhete azul, do prazo dos quatro meses que o humilhou.
Como eu já disse na postagem, abaixo, essa crise do ultraliberalismo brasileiro, está dentro de outra crise do neoliberalismo global e em várias nações e que agora também se soma à disrupção explosiva do coronavírus.
Também já disse a quem interessa a crise para recolher os excedentes de riqueza produzidos pelo andar de baixo da pirâmide do capital.
Agora não só os pobres sofrem, a classe média mais baixa (e média) também terá sofrimento e as perdas ampliadas.
Até por isso, não dá para dizer que quem pariu Guedes que o embale.
O Brasil precisa interromper este desmonte e reconstruir a Nação.
Um comentário:
Sem mais palavras. A escolha por Bolsonaro foi a pá de cal no projeto de país.
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