A origem e a forma das agressões seguidas de Bolsonaro, partem dos três generais, ministros do Planalto (Ramos, Heleno e Braga Neto).
Em especial do Eduardo Ramos.
O vice, também general, assim como o porta-voz (esse há algum tempo mudo) apenas assiste.
Ramos é quem comanda de forma siamesa com Bolsonaro as suas calculadas agressões.
Bobagem se repetir que esses controlam o "cavalão".
Segundo um militar da reserva que conhece bem esses generais, Ramos seria uma espécie de irmão do Bolsonaro em suas ações.
O Heleno seria o pai impotente diante de um adulto sem noção. O Braga Neto seria o amigo do amigo do "irmão", que foi chamado pra cuidar do quartinho do Bolsonaro, arrumar os brinquedos, limpar as coisas... não tem muita intimidade... aliás, foi escolhido pelo próprio "irmão" Ramos, para fazer esse papel.
Ramos é que vai à maioria destas manifestações autoritárias que pede novo AI-5 e quer censurar as notícias, como se fosse propaganda de sua junta de generais.
Ramos seria aquele sujeito que gosta de conversa (por isso foi quem se aproximou do pessoal sem pudor do Centrão), não "muito culto", pragmático e por isso também próximo da família 02, 03 e 04.
Age da forma que age, mas conversando com os irmãos generais e o pai, o general mais velho, ouvido por consideração.
Todos fazem parte do que tenho chamado dos generais haitianos.
Esta nomenclatura se deve ao fato de que foi na missão da ONU no Haiti em que o Brasil foi convocado para liderar, que esses generais forjaram a inflexão da entrada forte deles, no controle do poder político no Brasil, como um projeto de longo prazo. Assim, trabalham hoje, como se o Haiti fosse aqui.
Lista de militares no governo. Um verdadeiro quartel no Palácio do Planalto. |
Já conquistaram o poder, hoje controlado por mais de 3 mil militares , entre eles muitos ainda da ativa. Confira ao lado lista de cargos que precisa ser atualizada, porque é ampliada, praticamente, todos os dias, desde a posse.
Depois do plano golpista que se iniciou, formalmente em 2013, o movimento ganhou corpo com o twitter do outro general, o Villas Boas.
Agora, o trabalho é de tomar conta da máquina pública (tendo a pandemia como janela de oportunidades - em meio aos mortos - que limita as oposições) e de operar para manter o poder.
Assim, passarão por cima de todas as instituições (mídia, justiça, sociedade civil, etc.) que se insurgirem, alegando que chegaram ao poder pelo voto. "E cale a boca".
Até aqui seguem com sucesso a missão militar.
O povo? A nação? O sofrimento da pandemia?
Tudo isso são detalhes para esta junta de generais. Há dissidências em relação a esta direção por parte de militares que questionam a participação dos militares no comando do poder político do país, que mistura as instituições das Forças Armadas (FA) com o governo.
Assim, esses generais da junta do governo também se sentem vingados, contra o que consideram perseguição (à geração anterior de generais) daquilo que não teria sido em 64, uma ditadura.
Isto posto, não admitem discussão e vão seguir cada vez mais mandando calar a boca todos, que como nós seguiremos afirmando que a ditadura voltou.
Ela passará, como já dizia lá atrás, os versos do Chico Buarque ... vai passar pela avenida um movimento popular... Sim, vai passar!
PS.: Com um complemente ao texto publicado originalmente no Facebook, vale acrescentar uma observação após a divulgação do depoimento de Moro à Polícia Federal vazado agora pouco para a imprensa. Esse complemente foi publicado como comentário na postagem deste texto no Facebook:
"Para quem tem dúvidas sobre a articulação bolsomilitarista que envolve os generais, observe que partiu desta junta de generais, junto com Bolso, a ideia de nomear hoje, às pressas do diretor da PF do Rio, para a diretoria-executiva da PF em Brasília, para proteger a todos depois dos depoimentos do Moro vazados e que agora, são divulgados abertamente na mídia. Isso faz parte do episódio do "cala a boca" de hoje pela manhã. É só acompanhar os fatos e agente que todo o contexto fica mais claro."
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