Valor Online, 27 jul. 2020. |
Como a economia real nesse período não cresceu, é fácil deduzir que essa concentração se deve ao capital fictício e à financeirização, possivelmente com vínculos com a liquidez injetada pelo socorro aos bancos, no valor de R$ 1,1 trilhão, ainda no início de abril, bem antes do auxílio emergencial dos R$ 600.
Vale recordar que era essa classe social era a que tanto reclamava da paralisação da economia no país, por conta isolamento para salvar vidas.
Isso é uma aberração. Em especial, quando se vê alguns destes bilionários fazendo alvoroço e propaganda por doações de algumas máscaras e outras coisas menores.
Ainda segundo a Oxfam, durante a quarentena para conter o avanço da covid-19, oito novos bilionários surgiram na América Latina e Caribe, em especial no Brasil, maior economia da região, enquanto estima-se que 52 milhões de pessoas passarão à condição de pobres incluindo 40 milhões que devem perder seus empregos.
Ou seja, na plutocracia que finge ser democracia, enquanto os pobres se arriscam para trabalhar e se contaminam com a covid-19, para não perder seus empregos, os bilionários pressionam os governos que controlam para ativar a economia para eles seguirem acumulando bilhões de dólares.
É preciso muita desfaçatez, cinismo e hipocrisia para negar essa realidade. Um outro negacionismo. Duro demais saber que todo dia mais de mil pessoas morrem, sem proteção de um desgoverno sem ministro da Saúde, enquanto os bilionários se enriquecem de forma desavergonhada. Cretinos!
PS.: Atualizado às 15:22. Para acréscimo de um parágrafo ao texto original.
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