O sistema desenhado por Eike Batista e vendido à mineradora anglo-sul-africana é hoje operado em consórcio que possui uma mina em Conceição do Mato Dentro, uma unidade de extração e beneficiamento de minério, que sai daquela cidade e é enviado pelo mineroduto de 522 quilômetros até o Porto do Açu, onde, a polpa de minério é filtrada, secada e exportada.
O segundo encontro que reuniu atingidos pelo sistema Anglo American/Ferroport/Prumo, em Minas Gerais e no Açu, no ERJ, aconteceu há exatos sete anos, em agosto de 2013. [Aqui postagem do blog]. Depois estivemos novamente juntos, num seminário internacional de direito empresarial na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde os problemas, as agressões e a resistência foram relatadas mais uma vez, em busca de apoio aos direitos dessas comunidades.
Durante todo esse tempo, as agressões cresceram,, assim como a pressão contra os moradores que resistem ao poderio da mineradora.
Por duas vezes o mineroduto apresentou vazamentos e atingiu rios e córregos. A extração de minério ficou interrompida mais de seis meses Além disso, os moradores estão em alerta por conta da qualidade e proteção da barragem de rejeitos, temendo problemas similares ao do conhecido crime da Vale, em Brumadinho.
Neste meio tempo, os moradores e pequenos produtores rurais de Conceição de Mato Dentro seguem sofrem as consequências do empreendimento e da forma de atuação violenta da corporação Anglo American. Cortes seguidos de água, impedimento de acesso a vias que eram públicas, ruído intenso da unidade de beneficiamento, etc. Os moradores resistem e questionam em diversos fóruns.
A atual gestão estadual de Romeu Zema diariamente se afirma como inimigo dessas pessoas simples do interior mineiro e também destas comunidades. Junto com a sua equipe ele olha e defende apenas os interesses da corporação. Agora, além de tudo isso, a Anglo American se nega a conversar com os moradores e ainda processa aqueles que resistem em defesa de seus direito agredidos.
É tudo muito desigual e violento e muitas vezes com apoio da própria Justiça. Com frequência a Justiça requisita reforço policial para cumprimento da diligência, através de oficiais de Justiça. Além disso, ainda requisita auxílio de funcionários da própria empresa Anglo American, que é parte no processo, para garantir o cumprimento da diligência judicial. Um escárnio. Clique [aqui] e saiba mais detalhes sobre tudo isso no site "Barragens Alerta".
Foto do Brasil de Fato. |
Além das manifestações, os moradores organizaram também um abaixo assinado eletrônico no AVAAZ [aqui], através do qual buscam adesões à sua luta. Eles querem "demonstrar repudio à atitude da empresa mineradora que tenta amordaçar os atingidos já massacrados".
Nenhum comentário:
Postar um comentário