Enquanto o Brasil quer vender os seus Correios a preço vil, a Le Poste (empresas de serviços postais, Correios da França) é dona da Jadlog, uma das maiores transportadoras express no país. Uma das muitas contradições.
Quem compra pela internet é muito provável que tá tenha sido atendido pela JadLog, que hoje tem a maior parte do seu faturamento no Brasil em entregas do e-commerce, onde atende aos grandes players do setor de varejo do país.
Nos últimos quatro anos, a JadLog quadruplicou, os volumes de entrega e hoje possui cerca de 2,7 mil veículos, 5 mil funcionários e 500 franquias e 17 filiais para atender a mais de 40 mil clientes e tem uma estimativa de faturar R$ 1 bilhão com 35 milhões em entregas no Brasil.
A tamanho da transportadora JadLog
é resultado da expansão e integração das empresas-plataformas de varejo de
e-commerce no Brasil. Foi essa expansão que gerou o interesse da empresa global
de logística DPPgroup, vinculada à Geopost que pertence à holding La Poste
(Correios da França) que hoje tem atividade em 47 países, sendo 22 da União
Europeia. Hoje, a Geopost é dona de 98% das ações da JadLog que atua no Brasil.
A La Poste (Correios da França) é
uma empresa pública, limitada por ações, que além da empresa Geopost, que atua
em serviços logísticos, controla ainda um banco e uma seguradora (La Banque
Postale) e ainda uma operadora de rede móvel, a La Poste Mobile.
Essas relações contraditórias indicam
a concentração, já em curso também no setor de logística, na etapa de
circulação material da produção fruto da expansão da plataformização dos
negócios.
Essas relações também demonstram
como o atual desgoverno Bolsonaro se incube de desmontar as instituições
entregando sua expertise e seu colossal ao mercado aos grupos estrangeiros.
Hoje, os Correios possuem enorme capilaridade no país com 11 mil agências próprias e franquias e no ano passado
alcançou receita de R$ 18,3 bilhões com lucro de R$ 102 milhões.
3 comentários:
Bom dia ! isso tudo culpa do seu presidente que quebrou o correios
Os Correios segue dando lucros.
O discurso da quebradeira é argumento para entrega a preço vil, como no caso da Petrobras que também segue dando lucros.
E o pior inventam a venda a preço de xepa, ainda no pior momento das crises, para que o valor seja ainda mais baixo.
O resultado disso virá nas tarifas e na falta de atendimento das periferias e pontos mais distantes nos estados que não interessarão ao deus mercado a quem devotam.
Lastimável, é a unica Empresa que "liga" TODOS os municípios desse País continental.
Minha humilde opinião; ninguém vai aceitar adquirir a ECT e dar continuidade aos trabalhos nesses moldes.
Quem viver verá!!!
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