sexta-feira, janeiro 29, 2021

Municípios da Região da Bacia de Campos perdem 10 mil empregos em 2020

Os dados são do último Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e foram tabulados pelo professor, geógrafo, pesquisador e doutorando do IPPUR/UFRJ, William Passos. O texto e os dados foram publicados originalmente em seu perfil no Facebook e reproduzimos abaixo: 


𝗠𝗘𝗥𝗖𝗔𝗗𝗢 𝗗𝗘 𝗧𝗥𝗔𝗕𝗔𝗟𝗛𝗢 𝗡𝗢 𝗟𝗜𝗧𝗢𝗥𝗔𝗟 𝗡𝗢𝗥𝗧𝗘 𝗗𝗔 𝗕𝗔𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 𝗖𝗔𝗠𝗣𝗢𝗦 𝗘𝗡𝗖𝗘𝗥𝗥𝗢𝗨 𝗗𝗘𝗭𝗘𝗠𝗕𝗥𝗢 𝗚𝗘𝗥𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗩𝗔𝗚𝗔𝗦, 𝗠𝗔𝗦 𝗘𝗟𝗜𝗠𝗜𝗡𝗢𝗨 𝗤𝗨𝗔𝗦𝗘 𝟭𝟬 𝗠𝗜𝗟 𝗘𝗠𝗣𝗥𝗘𝗚𝗢𝗦

Dados divulgados nesta quinta-feira (28/01) pelo NOVO CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, apontam que, apesar da pandemia, Macaé gerou 843 vagas de trabalho no mês de dezembro de 2020 impulsionadas pelo setor de Serviços. Também sob o impulso da venda de Serviços, Carapebus e Quissamã foram os outros dois únicos municípios que terminaram o mês (saldo positivo de 5, nos dois casos) gerando emprego no Litoral Norte da Bacia de Campos. Por outro lado, os Serviços foram a causa da eliminação de postos de trabalho em Campos dos Goytacazes (nesse caso, junto com a Agropecuária), que fechou dezembro com 431 contratos com carteira assinada a menos. Já em São João da Barra foi a Construção Civil a grande responsável pelo fechamento de 114 vagas de emprego. Apesar do desempenho nestes dois últimos municípios, porém, o Litoral Norte da Bacia de Campos finalizou dezembro gerando 308 oportunidades de trabalho.

Num ano atípico, de quase total paralisação das atividades pelos impactos da Covid-19, a Região eliminou quase 10 mil empregos (9.871). Somente Macaé destruiu 7.366 vagas de trabalho em todos os seus setores – Serviços (-2.964), Indústria (-2.521), Construção Civil (-1.518), Comércio (-352) e Agropecuária (-11). São João da Barra, por sua vez, eliminou quase 3 mil contratos celetistas (-2.823), registrando saldo negativo em todos os seus setores – Construção Civil (-2.796), Serviços (-95), Comércio (-15) e Agropecuária (-1) –, menos a Indústria (saldo positivo de 84).

Por outro lado, Campos dos Goytacazes (saldo de 281), Quissamã (saldo de 31) e Carapebus (saldo de 6) encerraram o difícil ano de 2020 abrindo vagas. No caso de Campos e Carapebus, as vagas foram impulsionadas pela geração de empregos no setor de Serviços (saldo positivo, respectivamente, de 617 e 13 empregos), enquanto em Quissamã foi a Indústria, com a abertura de 29 contratos, que favoreceu o desempenho. 

Os dados foram tabulados e analisados pelo Observatório das Metropolizações, projeto de extensão ligado à pesquisa de Doutorado desenvolvida no IPPUR/UFRJ pelo geógrafo William Passos, também pesquisador do OBPETRO.

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