Essa política de preços dos combustíveis derruba dois presidentes da Petrobras, em menos de três anos. Antes do Castelo Branco foi o Pedro Parente, em junho de 2018. Os dois eram queridinhos do setor financeiro. Agora entra em campo, mais um do Partido Militar, um "novo Pazuello".
Todos os "colonistas" e comentaristas econômicos da mídia corporativa ficam repetindo o mesmo discurso (único), como se não existisse alternativa.Olha que toda essa nova confusão se dá porque o barril do petróleo chegou a US$ 60. Imagine como seria com essa política tivesse em vigor entre 2010 e 2014, quando o preço do barril de petróleo no mercado internacional esteve oscilando, mas sempre acima de US$ 100, o barril. Pelo atual critério do PPI (Preço Paridade Internacional), a gasolina estaria a mais de R$ 10, o litro.
Tudo isso, num momento em que o Brasil mais produz petróleo e os campos e poços do pré-sal estão "bombando".
É compreensível que alguma paridade com o preço internacional aconteça, mas não na proporção total, na medida em que muitos custos não são dolarizados e também os critérios poderiam ter colchões de amortecimento ao longo do tempo para garantir alguma estabilidade. Senão, de que adiantaria ser produtor?
Além disso, esses governos entreguistas estão desintegrando a empresa, vendendo partes da holding, que permitiria ajustes de custos conforme o mercado, em etapas diferente da cadeia produtiva, entre a exploração, beneficiamento e distribuição para o consumo.
Ou seja, o que estamos vivendo é fruto de políticas públicas equivocadas. O desgoverno não consegue entregar nada, em termos de políticas públicas. Só desmonte e descontrole.
O Partido Militar com quase 10 mil membros no "desgoverno civil" é parte deste desastre que tende a piorar. Não adianta ficar arrumando generais e militares para colocar aqui e acolá. E também não adianta ficar colocando a culpa nos outros e na política de forma geral.
A cada dia o desgoverno perde mais apoios e o povo sofre as consequências, para além da pandemia, o desemprego, a inflação e o desmonte de políticas públicas, etc. A nação precisa se reencontrar consigo própria com um projeto para a maioria.
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