Há cerca de dois anos venho investigando a economia de
plataformas e a partir daí venho sustentado a leitura de que a plataformização
e o uso cada vez mais intenso das plataformas digitais e aplicativos, tratam-se
de um fenômeno multidimensional e transescalar e que sua interpretação depende
de múltiplos campos de saber.
Assim, tenho me dedicado mais intensamente às leituras da
dimensão econômica, espacial e política, em síntese a repercussão da
plataformização e appficação no campo da geoeconomia e geopolítica.
A dimensão da educação não é o centro da minhas análises, mas
por insistência dos organizadores, eu atendi ao convite, no esforço de tentar
observar as consequências e tendências da plataformização no campo das
formações humanas, e assim aprendi com os organizadores, os professores do
debate e com os demais colegas participantes.
Após a realização do debate eu resgatei e reuni parte da minha
fala incluindo algumas outras anotações sobre o tema da plataformização na
educação que agora compartilho mais amplamente no texto abaixo. Não se trata de
um texto acadêmico propriamente dito, mas uma espécie de breve ensaio com notas
para discussão sobre o tema.
Plataformização da Educação
Figura 1: Lógica da plataformização
Elaboração do autor (2020). Arte: Maycon Aguiar [12] |
Figura 2:
Plataformas como meios de produção e comunicação
Elaboração: PESSANHA, 2021. |
Posso
citar alguns exemplos além da oferta do Team, do Meet, Youtube, Office, Gmail,
etc. As Big Techs trabalham inicialmente com ofertas de uso de softwares,
plataformas e aplicativos (APPs), que são também softwares para usos na internet
móvel dos celulares. As nossas universidades brasileiras, as italianas e outras
foram ampliando o uso do Team,
Office 365, soft Productivity score (ferramenta
de vigilância e comportamental de alunos); Reflect
(soft para enviar questionários para avaliação de aprendizagem – Esses últimos da
Microsoft que junto da Google são as Big Techs mais próxima das universidades e
do setor de ensino. O soft ClassRoom
da Google para gerenciar turmas. O soft Cuppertino
(Apple) com soluções de apoio capturam inovações pedagógicas e educacionais. Novas
experiências de soluções para transformar o ambiente educacional e mimetizar
para uso digital e depois compartilhar com venda para um público mais amplo.
APPs como Power APP, Dynamics 365, Power Virtual, etc. Além da oferta
de uso das nuvens Amazon Web Services,
Azzure, gerenciamento emails,
oferta banda-ultra-larga... 70% das nossas universidades e sistemas de
ensino usam as Big Techs, em especial Google, Microsoft e Amazon. Tudo como
plataformas e APPs de tecnologia que fazendo “pontes” até estudantes, guardando
e capturando dados em nuvens.
No
Brasil, a multinacional de EaD Laureate que acaba de se juntar à Ânima num negócio
de R$ 4,6 bilhões. [6] Uma transação entre a 4ª e 9ª maior empresa privadas de
ensino no Brasil. Juntas elas têm agora 330 mil alunos e receita de quase R$ 4
bilhões. A Laureate já está usando softs de IA para corrigir textos dos alunos
em lugar dos professores. Promovem turmas com dezena de milhares de alunos.
Aulas gravadas e repetidas.
Assim,
as Big Techs com suas plataformas vão coletando dados sensíveis, como se fossem
commodities da era da digitalização. Sem pedir autorização nem a estudantes,
nem a professores, nem às instituições as quais “cedem” as suas plataformas e
APPs.
Desta
forma, as Big Techs donas da plataformas-raiz vão também, paulatinamente
estruturando e ampliando a Divisão Territorial do Conhecimento. Uma nova etapa
agora da colonização digital trazendo ainda mais dependência geopolítica nas
relações de poder. A geopolítica do conhecimento reforça a divisão entre quem
controla a pesquisa, desenvolve o conhecimento, monta as plataformas e quem
recebe as tecnologias prontas, sob a forma dos APPs apenas para trabalhar na
ponta, quase que apenas na certificação de estudantes.
Assim,
aqui na periferia, daqui a pouco serão necessários menos professores e mais
monitores e tutores, tudo num esquema ou modelo skinerizado. [7] Penso que corremos
riscos de termos quase que somente “centros de certificação” do que já existe
na tecnologia criada pelos desenvolvedores. Os conteúdos já estão sendo em boa
parte geridos pela IA, a partir das nossas aulas no Team, Meet, Zoom... Com o
Estado neoliberal desmontado, esses recursos acabarão sendo bem recebidos pelos
governantes que agradecerão às Big Techs.
Tudo
(ou quase tudo) que as Big Techs nos oferecem partem de nós. E está sendo
extraído. A lógica das plataformas digitais é da extração de valor. As Big
Techs (plataformas-raiz) através de suas “stores” (lojas online) que oferecem
os Apps, capturam dados, treinam algoritmos para organizar esses dados que são
processados pela IA. De posse dos dados trabalhados, industrializados e
organizados nas plataformas e APPs, já dizem o que é melhor para nós. Assim, as
empresas de ensino vão reduzindo os custos para o ensino massificado.
Nessa
análise - talvez exagerando um pouco a crítica para ser melhor compreendida – é
possível intuir que as Big Techs e corporações afiliadas, buscarão caminhar
para oferecer ensino massificado do maternal à pós graduação. Penso que em
especial no ensino médio e na graduação, mas o que vai ocorrer precisa ser
acompanhado e investigado.
As
GAFAM poderão usar os dados dos estudantes para vender ao mundo do trabalho
futuro. Quem sabe moldar cursos e percursos formativos de adolescentes e jovens,
em sequências de certificações, numa renovação da instrução programada, um
pouco mais sofisticada, ou apenas envernizada, pelo uso da tecnologia.
Tudo
isso que estava a caminho foi enormemente acelerado. Há um aproveitamento da
situação de emergência sanitária e da pandemia da Covid, quando as ofertas das
plataformas e APPs gratuitos “inundaram o nosso território”, nesse processo de
colonização digital.
É
preciso resistir. Porque, se não houver resistência, uma luta pela autonomia
universitária e mesmo soberania da nação, eles seguirão avançando. O próximo
passo será eliminar críticas como essa, afim de conquistar o que Gramsci chamou
de “consciência superior”. Ou aquilo que Dardot & Laval falaram no seu
livro “A nova razão do mundo”, sobre o neoliberalismo conquistando mentes e
corações, numa espécie de dominação de espectro total executada e controlada
pelo mercado. [8]
Esse
processo é o que o francês Cedric Duran tem chamado de tecnofeudalismo, onde, a
relação tecnofeudal se dá com o servo se oferecendo ao senhor, para ser ainda
mais explorado, em troca da sobrevivência. [9] E isso já está indo muito além
dos trabalhos de aplicativos de entrega e transportes. Já alcançou a educação e
a saúde com trabalhadores sem relações formais e com mão de obra intermediada
por plataformas e aplicativos.
Algumas
universidades da Europa já estão reagindo. Na Itália, Alemanha, França. Estão
exigindo leis para proteger as universidades (como instituições da sociedade)
das grandes plataformas de tecnologia, Big Techs e suas associadas. [10]
Em
síntese, é urgente questionar o “uso natural” das plataformas, mas em especial
desmontar a sua lógica extrativista e de concentração de poder e lucros, contra
os direitos coletivos da sociedade. Por isso, o seu uso precisa ser controlado
pelos professores, pelas instituições e pelas nações.
Transformações geradas pela
digitalização do ensino refletem também movimentos do modo capitalista de
produção na direção do plataformismo
Na
primeira parte, eu fiz menção sobre como chegamos ao que chamo de “dominação
tecnológica” agora pretendo falar um pouco mais como esse processo vem se
desenrolando, as estratégias dos agentes quem mais lucram com esse movimento,
assim como uma análise crítica das tendências geradas por esse uso ampliado e
“naturalizado” das plataformas digitais na educação a partir da emergência da
crise pandêmica.
A plataformização é um processo em curso que pode estar
iniciando uma espécie de sociedade das plataformas em que se identifica que
essa forma de intermediação já está contribuindo para uma nova de reorganização
da sociedade contemporânea de forma similar ao que produziu o
taylorismo/fordismo como modo de produção capitalista há um século.
As
Plataformas Digitais atuam como intermediárias entre grupos de produtores e
consumidores na produção e na comunicação. Esse é o fator fundante da “Plataformização”
que tem transformado as relações de trabalho e a forma como interagimos e
vivemos em sociedade.
A
Plataformização se pontifica no circuito onde se dá enorme extração de valor e assim
produz significativas transformações no MPC. Na década de 20 tivemos o Fordismo
que, em grande parte, influenciou a forma como organizamos as nossas escolas
com grades, disciplinas, séries, etc., teoria e prática, técnica e cultura,
etc. Repetindo a conhecida Divisão do Trabalho presente na produção material.
Depois
nas décadas de 80/90 tivemos o Toyotismo com a flexibilização da Divisão
do Trabalho, processos de enriquecimento de cargos e produção em equipes. É
fato que essa mudança pouco influenciou as escolas e as universidades. Pelo
menos em grandes proporções. As experiências, por exemplo, da pedagogia por
projetos, foram localizadas e em pequenas unidades e não chegaram a se expandir
para os sistemas de ensino, embora ainda seja utilizada como prática pedagógica
em disciplinas e cursos.
Assim,
desde 2015 entramos na etapa do Plataformismo, ou da Plataformização e hoje,
já começamos a ver as transformações nas estruturas da escolas/universidades e veremos
adiante, onde chegaremos no pós-pandemia. A digitalização do ensino e da
pesquisa tem bônus, porque é lucrativa para aqueles já ganhavam com a educação,
mas tem ônus que precisam ser analisados de forma crítica. [11] [12]
O
esquema gráfico da figura 3 abaixo, apresenta, de forma sintética o marco temporal
e as principais características das transformações em curso. É importante
apresentar que o surgimento de novas etapas como o Toyotismo e agora o Plataformismo,
não representa a supressão das etapas anteriores que acabam por se misturarem
ao fenômeno mais recente. Como exemplo, a forma de controle e supervisão técnico-digital
executada pelas plataformas digitais, são formas atualizadas do taylorismo, já
conhecido. No caso atual, em que o patrão ou o supervisor é o algoritmo, o aplicativo
ou a plataforma digital.
Figura
3: Plataformismo: Transformações do Modo de Produção Capitalista
Fonte: Elaboração do autor (2020, a). Arte: Maycon Aguiar. [12] |
É evidente que o incremento do uso da tecnologia pode ser diferente do que se identifica. Ao invés de exploração exponencial de pessoal, a exploração de possibilidades para a melhoria e o enriquecimento dos processos educacionais, conforme as direções de utilização da tecnologia. Porém, o que se vê é que estamos seguindo numa direção contrária, quando se busca na essência é a redução de custos, maior produtividade e, consequentemente mais lucros ou rendimentos.
A
tecnologia digital não vai regredir e não cabe um novo movimento ludista (a
destruição das máquinas e a negação da tecnologia dos trabalhadores ingleses no
sec. XVIII nos primórdios da Revolução Industrial). Desta forma, será preciso direcionar
as políticas públicas que retome o controle deste processo, como necessidade em
termos civilizatórios, no lugar da lógica produtivista e de apropriação de
valor. O fato é que a Tecnologia deixou de ser um fator ligado somente à
produção, e hoje junto com a comunicação, produz essa dominação ampliada sobre
a sociedade (espectro total).
Fragmentação, guetificação e individualismo parecem marcas da plataformização da educação
Outra pesquisa com dados relevantes sobre o tema foi realizada pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado/UFMG), entre 8 e 30 de junho 2020, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). [16]
A
investigação foi feita com um universo expressivo de 15.654 professores, sendo
78% mulheres e 22% de homens, em todos os 27 estados da federação,
proporcionalmente ao nº de docentes de suas redes: 49% municipais, 39%
estaduais e apenas 1,2% da rede federal e 11% simultaneamente das rede estadual
e municipal e trouxe como resultados:
a) 89% nunca tinham
tido experiência em “ensino remoto”; b) 50% consideravam que tinham regular
habilidade para lidar com tecnologias digitas, 24% consideravam fácil e
17% difícil esse manejo. c) 42% disseram
que não receberam nenhum tipo de formação para essa atuação e que utilizavam
por conta própria; 21% se viravam com tutoriais e 25% tinham recebido
alguma formação da Secretaria de Educação. d) 82% estavam realizando trabalho de casa, mesmo percentual que
identifica que aumentaram suas horas de trabalho em relação às aulas
presenciais. e) 51% eram
obrigados a compartilhar recursos tecnológicos de acesso com outras pessoas do
lar e tinham tempo restrito. f) 46% identificam que o nível de participação dos estudantes nas
atividades diminuiu um pouco e 38% drasticamente. g) 80% consideram que isso se dá porque os
estudantes não têm acesso à internet e demais recursos e 74% observa que as
famílias não conseguem ajudar os estudantes nas suas atividades. h) 69% têm medo e insegurança por não saber
nem quando e nem como será o retorno à normalidade.
O resultado dessas duas pesquisas apontam indicadores que causam enorme espanto, que surge em meio às mortes e à necropolítica que cerca a vida de todos nós.
As pessoas e os professores estão todos exaustos e se sentido ainda mais explorados, que em boa parte pode ser também atribuído à individualização que esse processo está nos levando. A tecnologia nos impregna de individualidades, na medida em que o seu uso nas aulas-online, foi se tornando, quase uma única alternativa, para alguma educação durante a pandemia.
Mas, os professores não aguentam mais o ambiente online e os alunos não aguentam mais assistir aulas que foram pensadas para serem desenvolvidas o olho no olho e que digitalmente perdem o encantamento e muitas vezes, o sentido.
“A pandemia faz com que essa forma de comunicação, essencialmente desumana, se torne a norma. A comunicação digital nos deixa muito, muito cansados. É uma comunicação sem ressonância, uma comunicação sem felicidade. Em uma reunião do Zoom, não podemos, por razões técnicas, nos olhar nos olhos. Tudo o que fazemos é olhar para a tela. A ausência do olhar do outro nos cansa. Esperançosamente, a pandemia nos fará perceber que a presença física de outra pessoa é algo que traz felicidade, que a linguagem implica experiência física, que um diálogo bem-sucedido pressupõe corpos, que somos criaturas físicas. Os rituais que temos perdido durante a pandemia também implicam em experiência física. Eles representam formas de comunicação física que criam comunidade e, portanto, trazem felicidade. Acima de tudo, eles nos afastam de nossos egos. Na situação atual, o ritual seria um antídoto para o cansaço fundamental. O aspecto físico também é inerente à comunidade como tal. A digitalização enfraquece a coesão da comunidade na medida em que tem o efeito de desencarnar. O vírus nos afasta do corpo.” [17]
Byung parece tentar evitar com o desejo da comunhão
e da sociabilidade física, o processo que parece em curso de um encaminhamento
em direção à individualização, “ao sujeito que se faz por si próprio”, uma
“fábrica do sujeito neoliberal” [8], entranhada nas pessoas e na sociedade. Assim,
ao contrário, pendurar várias tipos de softwares e de plataformas é na prática
um arremedo e nunca solução.
Agora, já existe até quem pense em separar as etapas do processo de aprendizagem do aluno. Querem flexibilidade de professores e alunos. Querem artistas. Querem quem possa ser bom tanto no desempenho presencial quanto à distância. Um superdocente ainda mais explorado, já que pode ter menor remuneração, porque trabalha de casa, sua aula pode ser reproduzida e o exército de reserva se expandiu.
É também uma espécie de mimetismo que tenta juntar a aula presencial e adaptá-la ao mundo virtual. Esses mesmos dizem e vendem a ideia de que as possibilidades que essa nova mídia oferece, seriam imensas, embora, o que se tenha, seja basicamente, a filmagem da aula que antes era presencial. Mas, a tecnologia gera muitas tensões.
Os “especialistas” dizem que “a nova mídia deve ser usada na medida da necessidade e no tempo adequado”. E quem sabe o que é adequado? Simulam-se aulas presenciais no mundo virtual em que os alunos ficam entediados, a família desesperada e os professores encurralados e estressados.
Assim, com um olhar mais geral e numa perspectiva de totalidade sobre esse processo, é possível ainda enxergar nesses movimentos, que “o capitalismo está se deslocando”, como afirma Dowbor. [19] Neste sentido, começam a surgir transformações e novas formas de organizar a sociedade, os negócios econômicos e o funcionamento das instituições estão em curso. A escola e a universidade estão no meio deste processo ou desse tsunami.
Por
tudo isso, absolutamente não pode ser considerado razoável ver como natural a
intensificação, ou mesmo massificação do uso das plataformas digitais, sem
críticas e sem a busca de alternativas e limitações para aqueles que mais ganham
com este fenômeno, sem observar os interesses de toda a sociedade. Desta forma,
esse esforço para conhecer mais profundamente o processo em curso da
plataformização na educação, deve ser visto também como início de ações para a
transformação, numa perspectiva de uma utilização da tecnologia a favor da
maioria, para além do período de emergência sanitária.
Referências:
[1] CASTELLS, M. A
sociedade em rede. Paz e Terra: São Paulo. 2002.
[2] HARVEY, D. Condição
pós-moderna. São Paulo: BoiTempo, 2005.
[3] PESSANHA, Roberto Moraes no Portal
247 em 22 de outubro de 2020. Com
pandemia, setor de tecnologia é hegemônico no Top 100 do Financial Times.
Disponível em: https://www.brasil247.com/blog/com-pandemia-setor-de-tecnologia-e-hegemonico-no-top-100-do-financial-times
[4] PESSANHA, Roberto Moraes no Portal
247 em 22 de outubro de 2020. O
modus-operandi das Big Techs. Disponível em: https://www.brasil247.com/blog/o-modus-operandi-das-big-techs
[5] MAZZUCATO, M. O valor
de tudo: Produção e apropriação na economia global. São Paulo. Schwarcz
S.A. São Paulo. 2020.
[6] Matéria no Valor em 2 de novembro
de 2020. Laureate anuncia venda de
operações no Brasil por R$ 4,6 bilhões para Ânima. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2020/11/02/laureate-anuncia-venda-de-operacoes-no-brasil-por-r-46-bilhoes-para-anima.ghtml
[7] A expressão skinerizada deriva das
ideias do psicólogo behaviorista americano Burrhus Frederic Skinner. B. F.
Skinner foi professor na Universidade Harvard de 1958 até sua aposentadoria, em
1974. Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e ação humana dependente
das consequências de ações anteriores. Para Skinner a educação devia ser
planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na
"modelagem" do aluno.
[8] DARDOT,
P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo - Ensaio sobre a sociedade neoliberal.
São Paulo: BoiTempo, 2017.
[9] DURAND, Cédric.
[10] Artigo da reitora da Universidade
de Amsterdã, Karen Maex, em 25 de janeiro de 2021, em faz um chamamento a
produção de leis para proteger e garantir a autonomia das universidades da
agressão das grandes plataformas de tecnologia. Rector calls
for EU law to protect universities’ tech autonomy. Disponível em: https://www.researchprofessionalnews.com/rr-news-europe-regulation-2021-1-rector-calls-for-eu-law-to-protect-universities-tech-autonomy/
[11]
PESSANHA, Roberto Moraes. Commoditificação
de dados, concentração econômica e controle político como elementos da
autofagia do capitalismo de plataforma.
Revista ComCiência do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da
Unicamp e SBPC. Disponível em: <http://www.comciencia.br/commoditificacao-de-dados-concentracao-economica-e-controle-politico-como-elementos-da-autofagia-do-capitalismo-de-plataforma/>.
[12] PESSANHA, Roberto Moraes. Inovação, financeirização e startups como
instrumentos e etapas do capitalismo de plataformas. In. Geografia da
Inovação: territórios, redes e finanças. P.433-468. Rio de Janeiro.
Consequência, 2020.
[13] Artigo de Giuseppe Luca Scafiddi
publicado em 17 fev. 2020, no portal Outras Palavras. Cronofagia: o roubo do tempo, sono e ideias. Disponível em: https://outraspalavras.net/mercadovsdemocracia/cronofagia-o-roubo-do-tempo-do-sono-e-das-ideias/
[14]
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: O
neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Belo Horizonte. Editora Âyiné,
2018.
[15] Matéria da Folha de São Paulo em
22 de janeiro de 2021. SALDAÑA, Paulo. Cerca
de 4 milhões abandonaram estudos na pandemia, diz pesquisa. Taxa de abandono
é de 10,8% no ensino médio e 16,3% no superior, segundo levantamento Datafolha
a pedido do C6 Bank. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2021/01/cerca-de-4-milhoes-abandonaram-estudos-na-pandemia-diz-pesquisa.shtml
[16] PESSANHA, Roberto Moraes. Artigo
publicado em 16 jul. 2020 no blog do autor e no Portal 247. Pesquisa da
UFMG/CNTE sobre o trabalho docente da rede pública pela via digital aponta
precariedades, intensificação e baixa participação dos estudantes. Disponível
em: http://www.robertomoraes.com.br/2020/07/pesquisa-da-ufmgcnte-sobre-o-trabalho.html.
No Portal 247, em 16 de julho de 2020. Ensino digital na pandemia: precariedades e baixa participação dos
estudantes. Disponível em: https://www.brasil247.com/blog/ensino-digital-na-pandemia-precariedades-e-baixa-participacao-dos-estudantes
[17] HAN, Byung-Chul. O vírus capitalista do cansaço incessante.
Portal Outras Palavras em 13 de maio de 2021. Disponível em: https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/o-virus-capitalista-do-cansaco-incessante/
[18] Matéria no Valor em 25 de maio de
2021. Curso on-line e compras driblam crise. Grandes grupos de ensino
com capital aberto na B3 aumentaram base de alunos no vestibular do começo
deste ano. Disponível em: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/05/25/curso-on-line-e-compras-driblam-crise.ghtml
[19] DOWBOR, L. O capitalismo se desloca: novas arquiteturas sociais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2020.
2 comentários:
Muita gratidão ao Prof. Roberto Moraes! Sua participação enriqueceu e trouxe-nos nova perspectiva, não só relativamente às implicações institucionais, mas, também, para o que se nos apresenta no horizonte mais imediato das injunções tecnológicas, políticas e sociais que, ainda, nos tornam reféns das chamadas Big techs! Não apenas isso, mas nos apontou possíveis formas de resistência e luta no sentido de retomar em nossa mãos os destinos das instituições públicas de ensino superior em face desta conjuntura! Um grande abraço, Prof. Roberto.
Marcos Vinícius Tarquinio
GIZ/UFMG
Obrigado Marcos,
Grande abraço. E sigamos na luta.
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