A lembrança também tem a ver com o pedido que a Firjan fez ao governo do estado RJ, para investimentos nos distritos industriais do estado.
Na região NF poucos sabem que o DISJB existe e que foi em boa parte instalado (no papel) com as terras desapropriados de pequenos proprietários rurais. Porém, na prática, as desapropriações (que só podem ser feitas pelo Estado) foram entregues, sem nenhum controle para administração e uso da Prumo (ex-LLX) controladora do Porto do Açu.
Hoje, essas áreas fazem parte do acervo amplamente divulgado pela Prumo, de disponibilidade, uso e até aluguel de 90 km² que diz ser sua propriedade.
Enquanto isso, centenas destes pequenos proprietários até hoje reclamam na justiça (há mais de 10 anos) pelas suas terras e/ou indenizações justas.
E volto ao tema. Cadê o DISJB? Cadê a parte da área que caberia neste distrito industrial à municipalidade? O DISJB deveria ter conselho gestor. Cadê?
Poucos na região conhecem a gênese deste processo e menos ainda sabem da sua existência do DISJB e de como essas áreas foram para as mãos privadas.
E pior que isso. Mesmo como o desenvolvimento dos negócios do porto e estradas de acesso viabilizadas pelo Estado, usinas térmicas (GNA), base de apoio portuário offshore, terminal multicargas, exportação de minério de ferro, transbordo de petróleo para exportação, heliporto, etc. nem 4% dos 90 km² foram usados.
Assim, há uma reserva de área, numa espécie de reforma agrária às avessas entregue ao fundo americano EIG.
Cadê o DISJB? E as indenizações aos pequenos proprietários?
PS.: Abaixo imagens do arquivo de postagens do blog sobre o DISJB e uso da área de 90 Km² no entorno do Porto do Açu.
2 comentários:
Professor, hoje no DISJB já estão instalados e operando diversos empreendimentos que não foram mencionados. Lá estão: Porto do Açu Operações, Estação Açu (Padaria Aliança, Baby Beef, Segurança Total), Aeródromo do Açu, Terminal Multicargas do Porto do Açu, B-Port (Edison Chouest), Intermoor, NOV, TechnipFMC, OceanPact, Dome e Base de Rígidos (Spoolbase) também da Technip. Estas empresas aglomeram quase 6.000 (seis mil) trabalhadores, sua maioria da região de Campos e São João da Barra. Além disso está sendo construído um hotel (fase final de construção) no DISJB, primeiro hotel de São João da Barra. Acho que vale a atualização dos dados no seu post.
Não muda a essência da postagem. Esse espaço não é para publicação de releases da empresa e que são pagos para sair na mídia comercial local.
Afinal, cadê o DISJB?
Onde e sob que controle estão as áreas que só podem ser desapropriadas pelo Estado?
A área ocupada pelas empresas listadas, não chega a 5% do total dos 90 km² veiculada como propaganda do empreendimento, incluindo a área que seria do DISJB e hoje está sob controle do empreendimento controlado pelo fundo financeiro dos EUA.
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